Commodities
Petrobras bate recorde mundial de reinjeção de gás carbônico (CO2)
Reaproveitamento de gases poluentes pela estatal corresponde a 25% das reinjeções do planeta
Ao bater recorde mundial de reinjeção de dióxido de carbono ou gás carbônico (CO2) em operações petrolíferas, a Petrobras conseguiu reaproveitar 10,6 milhões de toneladas de gás poluentes em 2022. A façanha corresponde a 25% do total de reinjeções de CO2 referentes a todas as operações com a commodity do planeta.
Desde sua implantação, em 2008, o projeto da petroleira já foi responsável pela reinjeção de 40 milhões de toneladas de gás carbônico no subsolo, patamar que constitui a meta anual mantida pela estatal, a partir de 2025.
Em nota publicada no site, a Petrobras assinala que “a solução desenvolvida pela Petrobras é pioneira pois, ao mesmo tempo em que evita emissões, promove um aumento na quantidade de óleo que pode ser extraído do reservatório, a chamada Recuperação Avançada de Petróleo, ou Enhanced Oil Recovery (EOR). O gás natural e o CO2 são separados na plataforma e a reinjeção do CO2 no reservatório é realizada de forma alternada com água (tecnologia de injeção alternada de água e gás – Water Alternating Gas – WAG), ajudando a manter a pressão interna e melhorando a recuperação de petróleo”.
Atualmente, as 21 plataformas, operadas pela Petrobras na produção no pré-sal da Bacia de Santos, utilizam a tecnologia de CCUS (Carbon Capture, Utilization and Storage ou Armazenamento, Uso e Captura de Carbono), associada à recuperação avançada de petróleo.
Levando em conta que a emissão de gases poluentes, decorrente da produção de petróleo e gás natural, a partir de combustíveis fósseis (decomposição de material orgânico), o setor petrolífero tem se esforçado, nos últimos anos, por reduzir o impacto ambiental da atividade, mediante o reaproveitamento do dióxido de carbono e, ao mesmo tempo, evitar que parte dele se disperse na atmosfera, um fator de mudanças climáticas. Dessa forma, tal impacto é reduzido com a recolocação desse gás, novamente, nos depósitos subterrâneos, com ganhos ambientais e financeiros para a empresa.
Do ponto de vista estratégico, um dos maiores desafios de uma empresa de petróleo na atualidade é de produzir energia decorrente de reservas não renováveis, mediante a maximização de recursos energéticos, com aproveitamento racional de recursos in situ, além de proporcionar melhor retorno social.
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