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Petrobras espera ‘salto’, ao transferir tecnologia a fornecedores
Decisão, anunciada pela estatal nesta sexta-feira (21), contempla ao menos 214 segredos industriais
O salto tecnológico, que permitirá oferecer serviços mais avançados e eficientes. Essa é a expectativa da Petrobras (PETR3, PETR4), que pretende realizar uma grande transferência de tecnologia aos seus fornecedores.
Ao fazer esse anúncio, nesta sexta-feira (21), a estatal pretende repassar, aos seus parceiros de negócio, ao menos 214 segredos industriais, a fim de que estes empregados, aperfeiçoados e explorados comercialmente.
Uma segunda vantagem da transferência de tecnologia, apontada pela petroleira, seria no sentido de que, ao explorarem comercialmente as patentes, as empresas terão de pagar royalties (taxa cobrada em uso de um bem) à Petrobras, que podem render em torno de R$ 10 milhões por ano, caso a totalidade das patentes seja aproveitada.
Do ponto de vista estratégico, o licenciamento das patentes é considerado pelo mercado uma ‘aposta’ da estatal no potencial da inovação, o que pode provocar impacto positivo na economia nacional. Sobre tal perspectiva, o diretor de Engenharia, Tecnologia e Inovação da Petrobras, Carlos Travassos, destaca que “queremos, de forma colaborativa, impulsionar a inovação não só para a Petrobras, mas também em todo o setor de energia”,
No detalhe, as tecnologias de ponta disponibilizadas pela estatal dizem respeito a áreas, como exploração de fontes de combustíveis, produção, refino e sustentabilidade. Já as patentes se referem a sistemas de captura de dióxido de carbono para aplicação veicular, pelos quais é possível reduzir as emissões de gases do efeito estufa, responsáveis pelo aquecimento global.
O nascedouro das inovações tecnológicas da petroleira tem origem no Centro de Pesquisas e Inovação da Petrobras (Cenpes), no Rio de Janeiro. “Nossa expectativa é que a medida contribua para a implementação dessas tecnologias e que sejam aplicáveis em áreas relevantes para a companhia e para a indústria”, afirmou a gerente executiva do Cenpes, Maíza Goulart.
Entretanto, o uso das 214 patentes deverá estar limitado a um prazo de um ano, em que as respectivas informações técnicas serão, previamente, registradas no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), órgão federal responsável pelo depósito e concessão de patentes no país.
As empresas que aderirem ao contrato de licenciamento terão acesso à tecnologia protegida para desenvolver produtos e serviços. Em caso de uso comercial, pagarão um percentual para a Petrobras – que varia de acordo com a tecnologia (de 1% a 10%). “Trata-se de uma licença, e não uma cessão de tecnologia. Na cessão, a Petrobras perderia os diretos da patente, mas no licenciamento, a empresa mantém a titularidade, permitindo que um terceiro a utilize”, completou Maíza.
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