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Petrobras (PETR4): Greenpeace comenta operação na Foz do Amazona
Trata-se do chamado novo marco exploratório.
A Petrobras (PETR4), companhia brasileira de exploração e produção de petróleo e gás, aguarda uma licença para iniciar as operações na localidade que chama de nova fronteira exploratória, na Foz do Rio Amazonas. Entretanto, o Ibama ainda não concedeu a licença.
Em relação a isso, o porta-voz de Oceanos do Greenpeace Brasil, Marcelo Laterman, disse hoje, em texto publicado no site da organização, que a decisão do Ibama em não conceder licença para exploração de petróleo na Foz do Amazonas, garante a proteção de uma biodiversidade gigantesca, única e ainda pouco conhecida.
“Celebramos esta decisão do Ibama por inúmeras questões. Primeiro, por ressaltar a importância da proteção da Foz do Amazonas, local que habita uma imensa diversidade biológica, como o Grande Sistema de Recifes da Amazônia, por exemplo, que foram descobertos há poucos anos, que ainda há muito a serem estudados e catalogados pela ciência”.
Segundo ele, a medida estabelece importante debate sobre o potencial brasileiro para uma transição energética justa, ao invés de insistir em mais uma fronteira exploratória de petróleo no contexto da crise climática. Além disso, a decisão mostra que o Ibama ouviu a ciência e as vozes da sociedade civil, que no mês de abril se articularam para a entrega de um ofício assinado por mais 80 organizações, incluindo o Greenpeace Brasil, alertando as autoridades sobre os perigos socioambientais da exploração petrolífera na área.
Petrobras (PETR4): Ibama
Mais cedo, nesta data, o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, negou pedido da Petrobras para explorar petróleo na foz do Rio Amazonas. Como revelou o Estadão, a questão virou um cabo de guerra entre Alexandre Silveira (MME) e Marina Silva.
Com a decisão, Agostinho segue a área técnica do Ibama e dá a vitória a Marina, que chegou a comparar o caso com a polêmica construção da Usina de Belo Monte.
O Ibama entende ser necessário retomar ações que competem à área ambiental para assegurar a realização de Avaliação Ambiental de Área Sedimentar (AAAS). Na prática, trata-se de um conjunto de estudos que medirá os riscos da atividade petroleira ao ecossistema e definirá se a exploração ali tem viabilidade ambiental.
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