Empresas
Petrobras pode readquirir a Ream, diz jornal
Companhia é uma empresa de capital misto.
Além da Refinaria de Mataripe, na Bahia, a Petrobras (PETR3; PETR4) está considerando a recompra da Refinaria da Amazônia (Ream), que foi vendida em dezembro de 2022 para o grupo Atem por US$ 257,2 milhões.
De acordo com o Estadão, diferentemente da situação com Mataripe, onde o fundo Mubadala demonstrou interesse em vender parte ou a totalidade do ativo, o grupo Atem não expressou o mesmo desejo, embora esteja disposto a dialogar com a Petrobras. A estatal ainda não se manifestou oficialmente sobre o assunto.
A retomada da Refinaria da Amazônia é uma demanda da Federação Única dos Petroleiros (FUP) e do governo, com o objetivo de assegurar o funcionamento da unidade e oferecer preços mais baixos aos consumidores da região. Após a aquisição, o grupo Atem aumentou o preço do gás de cozinha e, com a parada da refinaria para manutenção em maio, passou a importar combustíveis para suprir o mercado, resultando em uma elevação nos preços dos derivados.
Petrobras (PETR3; PETR4)
De acordo com o Sindipetro-AM, afiliado à FUP, a refinaria atualmente opera apenas como estrutura de apoio logístico para a distribuição de derivados importados, sem sinais de contratação de pessoal para manutenção.
A Atem, por sua vez, afirma que a Ream está com um programa intensivo de manutenção em andamento, envolvendo toda a unidade, incluindo parque de refino, tanques, dutos e píeres, o que exigiu a paralisação temporária das atividades de refino.
Contencioso tributário
A estatal anunciou a assinatura de acordos com alguns de seus parceiros em consórcios de exploração e produção, visando o ressarcimento parcial de um contencioso tributário de R$ 19,8 bilhões devido à União.
Estima-se que cerca de 13% desse valor seja responsabilidade dos parceiros da estatal. Até o momento, esses parceiros se comprometeram com aproximadamente R$ 2,2 bilhões, representando 11% do total do contencioso.
Além disso, no dia 17 a Justiça Federal do Paraná decretou a prisão do ex-diretor de Serviços da Petrobras, Renato Duque. Duque, que já havia sido condenado a 45 anos, nove meses e 19 dias de prisão por corrupção passiva, associação criminosa e lavagem de dinheiro, teve sua pena reduzida para 39 anos, dois meses e 20 dias após descontos por detração e remição. Ele foi preso preventivamente em 2014, mas em 2020 obteve liberdade provisória com o uso de tornozeleiras eletrônicas.
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