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Economia

Petróleo da União: leilão bate recorde e atinge R$ 17 bi

Certame foi realizado na B3, a bolsa brasileira.

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A bolsa de valores brasileira registrou vários recordes ontem. O leilão para a venda de 37,5 milhões de barris de petróleo pertencentes à União alcançou um valor recorde de R$ 17 bilhões, superando em R$ 2 bilhões a expectativa inicial. O evento também teve um número recorde de empresas participantes, com oito das dez habilitadas entrando na disputa.

“Hoje o Brasil ganhou uma medalha de ouro, alcançando resultados extraordinários para a sociedade. O recorde de arrecadação foi surpreendente devido ao grande interesse dos investidores. Como o presidente Lula disse em 2019, o pré-sal é uma dádiva de Deus,” afirmou Tabita Loureiro, presidente interina da Pré-Sal Petróleo.

O volume de barris ofertados, sob o sistema de partilha de produção, representa uma produção diária de 100 mil barris. A expectativa é que, até 2029, essa produção se multiplique por cinco, atingindo 500 mil barris diários na área do pré-sal da Bacia de Santos.

“Esperamos que em futuras ofertas possamos bater novos recordes e arrecadar valores entre 70 e 90 bilhões de reais,” acrescentou Tabita.

Petróleo da União

O Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, oficializou os resultados do leilão, ressaltando que a exploração do pré-sal foi uma decisão política do presidente Lula. A presença de numerosos investidores no leilão reflete a importância da ciência, do desenvolvimento e do potencial energético do Brasil.

“O Brasil possui uma das maiores reservas de petróleo do mundo e fontes renováveis de energia para garantir nosso futuro. Os recursos arrecadados serão destinados ao fundo social, educação, saúde e poderão contribuir para a redução das contas de energia elétrica. Se não produzirmos petróleo, teremos que importar,” disse o ministro.

Ele também defendeu a exploração de petróleo na margem equatorial e pediu um diálogo construtivo entre as partes envolvidas.

Disputa

Das dez empresas habilitadas, oito participaram do leilão: CNOOC Petroleum Brasil, Galp Energia Brasil, Petrobras, PetroChina International Brasil Trading, PRIO Comercializadora, Refinaria de Mataripe, Shell Trading Brasil e TotalEnergies EP Brasil. O leilão foi dividido em quatro lotes, com três deles provenientes do campo de Mero (dois de 12 milhões de barris e um de 11 milhões) e o quarto lote do campo de Búzios, com 2,5 milhões de barris.

Todos os lotes foram vendidos por preços recordes em relação ao terceiro leilão, quando o deságio variou de US$ 5,98 a US$ 7,12 abaixo do preço do petróleo Brent. No leilão atual, o deságio variou entre US$ 1,35 e US$ 1,85. A Petrobras adquiriu o primeiro e o quarto lotes, enquanto CNOOC e PetroChina arremataram o segundo e o terceiro, respectivamente.

No final do leilão, Tabita Loureiro destacou que os R$ 17 bilhões arrecadados representam o maior valor já pago pelo petróleo da União. “É um resultado excelente, com preços muito superiores aos contratos vigentes. Trabalhamos para melhorar o edital e a dinâmica do leilão, maximizando os resultados para a sociedade brasileira,” afirmou, anunciando que um novo leilão ocorrerá no próximo ano para a produção de 2026. “Este é apenas o começo. Em 2029, a produção da União poderá ultrapassar 500 mil barris por dia, trazendo riqueza direta ao Fundo Social.”

Lotes Arrematados

  • Lote 1: Petrobras venceu após competir com CNOOC, Galp, Petrochina, Refinaria de Mataripe e TotalEnergies, arrematando 12 milhões de barris do campo de Mero por Brent menos US$ 1,85 por barril.
  • Lote 2: A CNOOC adquiriu 12 milhões de barris do campo de Mero por Brent menos US$ 1,59 por barril, em competição com Petrobras, Galp, Petrochina e Refinaria de Mataripe.
  • Lote 3: PetroChina arrematou 11 milhões de barris do campo de Mero por Brent menos US$ 1,35 por barril, enfrentando Petrobras e Galp.
  • Lote 4: Petrobras venceu o lote de 2,5 milhões de barris do campo de Búzios por Brent menos US$ 1,85 por barril, competindo com PRIO, CNOOC, Petrochina e Galp.

(Com Agência Brasil).

Redatora. Formada em Técnico Contábil e Graduada em Gestão Financeira. Contato: simonillalves@gmail.com.

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