Pode isso? Quase metade do valor pago em um carro novo no Brasil é imposto

Comprar um carro zero quilômetro no Brasil significa arcar com uma carga tributária elevada. Atualmente, a proporção impressionante de 44% do preço total de um veículo novo é destinada apenas ao custeio dos impostos.

Este impacto faz com que os consumidores brasileiros desembolsem valores consideravelmente altos em comparação a outras grandes economias mundiais. Assim, os tributos são um dos principais responsáveis pelos preços elevados praticados no mercado de automóveis novos.

Enquanto isso, em outras potências globais, os impostos sobre veículos são substancialmente menores. Nos Estados Unidos, a carga tributária é de apenas 7%, e na China, ainda mais baixa, alcançando 5%.

Essa discrepância reflete a pesada carga fiscal que o brasileiro enfrenta em suas compras.

Carro novo: comparativo internacional de tributos

Os países mais desenvolvidos apresentam taxas de impostos sobre automóveis zero km que, em suas maiores proporções, não chegam nem à metade do valor brasileiro.

O Japão tem uma carga quase duas vezes superior à dos EUA, mas ainda assim, o percentual fica na casa dos 13%.

Na Europa, os números também são inferiores, com a Alemanha a 19%.

Impostos incluídos no preço final

O peso tributário no Brasil inclui diversos tributos de ordem federal, estadual e municipal, como o ICMS, PIS, COFINS e IPI.

Ao somarem-se, essas taxas explicam a alta porcentagem alcançada, impactando diretamente no custo final do carro para o consumidor.

Crescimento do mercado apesar da carga tributária

Apesar da elevada carga de impostos, o mercado de carros novos no Brasil apresentou crescimento em 2024.

A Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) reportou um aumento de 14,2%, com 2,63 milhões de veículos vendidos. Este dado demonstra a resiliência do setor frente às adversidades fiscais.

Com um cenário de altos impostos, o brasileiro continua enfrentando desafios para conquistar o sonhado veículo zero. Contudo, a resiliência do mercado é notável, ilustrando o desejo de continuar investindo em mobilidade, mesmo sob pesada tributação.