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Economia

Pode se repetir: Greve dos caminhoneiros fez inflação atingir pico em 2018

Cenário de paralisações visto há três anos atrás pode se repetir em 2021, dificultando ainda mais a recuperação da economia.

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No ano de 2018, durantes dez dias, caminhoneiros de todo o país permaneceram paralisados, em estado de greve. Os efeitos do movimento, que começou no dia 21 de maio daquele ano, fez com que a inflação subisse de 0,4% para 1,26% logo no mês seguinte.

Para se ter uma ideia, na época, o saco de batata com 50 kg, que custava R$ 90, dobrou de valor e passou a valer R$ 180. A saca do tomate, por exemplo, com 30 kg, que antes da greve era vendida a R$ 55, começou a ser comercializada a R$ 90. Em média, a greve de 2018 fez os alimentos encarecerem até 150%.

Ocorrida ainda no governo Temer, a paralisação dos caminhoneiros de 2018 aconteceu em 24 estados e no Distrito Federal. Os grevistas protestavam principalmente contra os reajustes no preço dos combustíveis, sobretudo do óleo diesel. Na ocasião, aulas chegaram a ser suspensas, frotas de ônibus reduzidas e voos cancelados em diversas cidades.

Greve preocupa Bolsonaro

Considerando o momento atual, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) teme que o mesmo se repita em 2021, sobretudo diante dos novos protestos dos caminhoneiros que acontecem em todo o país. Porém, o resultado pode ser ainda pior.

Em 2018, a inflação fechou o ano em 3,75%. Quando comparado ao acumulado de julho deste ano, os dados assustam: 8,99%. Agora, com o bloqueio nas estradas de todo o país, o receio é de que haja o desabastecimento de produtos e a consequente alta nos preços. Este foi, inclusive, um dos argumentos usados por Bolsonaro para pedir pela dispersão dos manifestantes nesta quarta-feira, 8.

“Fala para os caminhoneiros aí, são nossos aliados, mas esses bloqueios aí atrapalham a nossa economia, isso provoca desabastecimento, inflação. Prejudica todo mundo, especialmente os mais pobres. Então dá um toque aí nos caras, se for possível, para liberar, tá ok, para a gente seguir a normalidade”, pediu o presidente em mensagem de áudio.

Mesmo com o apelo do mandatário, o bloqueio das rodovias continuou na manhã quinta-feira, 9 . Há protestos em diferentes estados do país, como Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Goiás, Paraná, Mato Grosso, Tocantins, Rio de Janeiro, Pará, Pernambuco, dentre outros. Vale destacar que também acontecem manifestações no Estado de São Paulo.

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