Economia
Popularização dos investimentos na Bolsa pode significar bom momento econômico para o país
Nova leva de investidores deve ajudar no controle econômico e trazer de volta investidores estrangeiros.
O período de pandemia registrou um fenômeno sem precedentes na economia brasileira. Entre os meses de março e julho, mais de 900 mil investidores individuais registraram o CPF na B3, a Bolsa de Valores de São Paulo. Para efeito de comparação, na década compreendida entre 2007 e 2017, os investidores com esse perfil não ultrapassavam 620 mil. Atualmente, o número de pessoas que estão investindo no mercado de capitais brasileiros é de 2,82 milhões.
A explicação mais evidente para tal acontecimento está na queda das taxas de juros. Com a Selic em 2%, os rendimentos das aplicações de renda fixa caíram bruscamente. Dessa forma, investidores da poupança e de títulos do Tesouro passaram a migrar para o mercado de ações.
Além disso, é válido ressaltar que o valor mais em conta das ações em decorrência da pandemia tornou os papéis mais atraentes, assim, as pessoas encontraram a oportunidade que procuravam para começar a investir. As reformas estruturais prometidas pelo Governo Federal também contribuíram positivamente para euforia em torno do mercado de capitais, visto que as perspectivas de retomada econômica do país, bem como a recuperação mais rápida dos setores de imóveis, varejo, indústria, despontam como indicadores de ganhos futuros.
Isso significa que as pessoas que estão investindo agora apostam em uma agenda governamental que foque no crescimento, respeitando o teto de gastos. Essa atitude pode contribuir para a volta de investidores estrangeiros que acabaram saindo.
Diferença geracional
Dados de B3 mostram que 72% dessa nova leva de investidores têm entre 16 e 45 anos. Há quatro anos, os investidores que se enquadravam nessa faixa etária não passavam de 21%. Essa mudança de gerações reflete em uma maior divulgação.
Murilo Duarte, de 25 anos, começou a produzir vídeos sobre aplicações na bolsa. Ele explica que “muita gente começou a ver a bolsa e os ganhos com ações como uma maneira de construir uma espécie de colchão para enfrentar dificuldades e ter uma renda maior”. Nesse contexto, a tecnologia também é outra aliada no impulsionamento desse fenômeno. Assim, informações sobre as bolsas, mercado de ações e o universo dos investimentos são disseminadas em aplicativos, redes sociais e cursos on-line de corretoras e instituições financeiras.
Esse novo contingente de pessoas levou a mudança no discurso dos executivos de grandes empresas. Agora, as reuniões de resultados das empresas de capital aberto necessitam ser mais didáticas, buscando proximidade com os investidores recém-chegados e, por consequência, menos experientes.
Vanessa Rossini, gerente de Relações com Investidores (RI) do Magazine Luiza, defende que “comunicar de maneira correta, em uma linguagem simples, passou a ser uma necessidade. É uma forma de ajudar o investidor a entender a estratégia e o propósito da empresa”.
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