Por que a economia do Brasil ainda não deslanchou?

A economia brasileira vem lutando para recuperar um ritmo sustentável de crescimento. Embora o país tenha grande potencial, diversos fatores internos e externos limitam seu desempenho, impedindo avanços mais consistentes.

Segundo Marcos Troyjo, ex-presidente do Brics, questões como inflação elevada, política monetária restritiva e instabilidade global dificultam a retomada econômica.

Além disso, a alta carga tributária e a falta de reformas estruturais são entraves que afastam investimentos e reduzem a competitividade do país. As informações são do O Tempo.

Inflação e juros elevados travam consumo e investimentos

O alto índice de inflação tem sido um dos principais desafios. Recentemente, a taxa mensal atingiu 1,31%, reduzindo o poder de compra da população e impactando diretamente no consumo. Com preços mais altos, as famílias cortam gastos e as empresas postergam investimentos, o que desacelera a economia.

Além disso, a política monetária do Banco Central, que busca conter a inflação com juros elevados, também tem efeitos colaterais. A alta taxa de juros encarece o crédito e desestimula o crescimento.

O problema se agrava quando o governo, por outro lado, amplia o crédito e incentiva o consumo, gerando um conflito de estratégias econômicas.

Cenário internacional traz riscos e oportunidades para a economia

A instabilidade global tem sido outro fator de preocupação. Tensões comerciais, crises geopolíticas e oscilações nos mercados internacionais afetam a economia brasileira, reduzindo a previsibilidade e afastando investidores.

No entanto, esse cenário também pode representar oportunidades. Como grande exportador de commodities agrícolas e energéticas, o Brasil se beneficia do aumento da demanda por esses produtos no mercado internacional. Isso pode gerar crescimento, desde que haja políticas adequadas para aproveitar o momento.

Carga tributária e falta de reformas reduzem a competitividade

Mesmo diante das oportunidades externas, os desafios internos ainda pesam. O Brasil enfrenta uma das maiores cargas tributárias do mundo, representando cerca de 34% do PIB. Esse custo elevado impacta a competitividade das empresas e desestimula investimentos produtivos.

Além disso, a agenda política do país frequentemente se volta para disputas eleitorais, deixando de lado reformas essenciais para a economia.

A ausência de mudanças estruturais em áreas como tributação, infraestrutura e simplificação regulatória dificulta a criação de um ambiente de negócios mais dinâmico.

*Com informações de O Tempo.