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Economia

Por que as caixas de autoatendimento estão ameaçadas?

A eficácia dessas máquinas, uma vez incontestável, está agora sob análise, com várias empresas optando por voltar aos métodos tradicionais de atendimento.

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Os caixas de autoatendimento, antes vistos como uma inovação no varejo, estão agora diante de um novo dilema. Redes de varejo em todo o mundo começaram a questionar sua eficácia e relevância.

A Dollar General, por exemplo, após expandir suas estações de autoatendimento para metade de suas 19 mil lojas, está reconsiderando essa estratégia. De acordo com Todd Vasos, CEO da empresa, o self-checkout deveria ser um método secundário, não primário, de pagamento.

Essa mudança de perspectiva aponta para uma tendência mais ampla no setor, na qual a eficiência dos caixas de autoatendimento está sendo posta em dúvida.

Aposta no autoatendimento e seus desafios

Inicialmente, a implantação de caixas de autoatendimento visava reduzir custos trabalhistas e agilizar o processo de compra para os clientes. Contudo, lojas com equipes reduzidas, como a Dollar General, começaram a enfrentar problemas. Esses desafios incluem:

  • Perdas de mercadorias devido a furtos;
  • Produtos danificados;
  • Erros administrativos.

Consequentemente, a empresa decidiu realocar funcionários para interagirem mais diretamente com os clientes, com o objetivo de melhorar as vendas e diminuir as perdas.

Mudanças globais no uso do autoatendimento

A tendência de repensar o autoatendimento não é exclusiva da Dollar General.

  • No Reino Unido, a rede de supermercados Booths está removendo suas estações de autoatendimento, exceto em duas unidades.
  • O Walmart nos EUA também retirou todas as máquinas de algumas de suas lojas no Novo México.
  • Na Five Below, uma loja de brinquedos com descontos, observou-se um aumento nas vendas em lojas sem filas de autoatendimento, levando à decisão de aumentar o número de caixas com atendentes.
  • Na Target, o autoatendimento é limitado a clientes com no máximo 10 itens, com a obrigatoriedade de caixas com atendentes para compras maiores.

Impacto nas vendas e reavaliação do modelo

Curiosamente, o autoatendimento, em vez de impulsionar as vendas, parece ter contribuído para a sua queda. Os varejistas perceberam que perdem mais vendas por meio de caixas automáticos do que pelos tradicionais com atendentes, seja devido a furtos ou erros involuntários dos clientes no momento do registro das compras. Esse fenômeno está levando muitas empresas a reavaliar o papel dos caixas de autoatendimento em suas operações.

Formada em Relações Públicas (UFG), especialista em Marketing e Inteligência Digital e pós-graduada em Liderança e Gestão Empresarial. Experiência em Marketing de Conteúdo, comunicação institucional, projetos promocionais e de mídia. Contato: iesney.comunicacao@gmail.com

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