Economia
Por que moradores dos EUA têm se endividado para comprar o básico?
Desafios financeiros são crescentes com a inflação impactando a vida dos americanos.
A economia global enfrenta uma grave crise, agravada pelas mudanças climáticas e pela exploração excessiva de recursos naturais. Um relatório do Banco Central Europeu e do Instituto de Potsdam prevê que o aumento das temperaturas pode adicionar até 1,2 ponto percentual à inflação anual global até 2035.
A ONU alerta que, até 2040, a seca poderá afetar 75% da população mundial, pressionando ainda mais o sistema alimentar. A produção agrícola precisará aumentar em 60% até 2050 para suprir a demanda crescente.
Entretanto, as condições climáticas adversas e o aumento das emissões de gases de efeito estufa colocam esse objetivo em risco.
Nos Estados Unidos, os moradores têm recorrido a dívidas para atender suas necessidades alimentares básicas. Este fenômeno reflete os desafios econômicos que o país enfrenta, com a inflação exacerbando a crise dos custos de vida.
Crédito em alta para necessidades básicas
Os saldos de cartões de crédito nos EUA aumentaram 5,8% em relação ao ano anterior, atingindo US$ 1,14 trilhão. A Equifax relatou um aumento na inadimplência de cartões, enquanto os empréstimos financeiros mostraram uma queda no não pagamento.
Com o custo de vida insustentável, muitos americanos estão utilizando crédito para comprar alimentos. O analista Ted Rossman destacou que a inflação está pressionando o orçamento das famílias, com o Índice de Preços ao Consumidor registrando um aumento de 0,4% na habitação, em julho.
Os preços dos alimentos superaram o aumento de 20% no custo de vida pós-pandemia, representando uma fatia significativa do orçamento familiar. Dylan Garcia, morador do Brooklyn, exemplifica essa realidade, tendo que reduzir suas refeições e recorrer a alimentos mais baratos.
O Urban Institute revelou que 33,4% dos americanos pagam integralmente suas despesas básicas no cartão de crédito, enquanto 7,1% falham em realizar até mesmo os pagamentos mínimos.
Desafios econômicos e políticos
O fim do auxílio emergencial do SNAP intensificou as dificuldades financeiras. Em um ano de eleições, Kamala Harris propôs medidas para controlar a manipulação de preços de alimentos, abordando os custos de moradia e saúde.
Por outro lado, Donald Trump propõe tarifas de 10% sobre produtos importados. Economistas alertam que essas políticas podem ter efeitos adversos na economia dos EUA e no cenário global, com possíveis emissões de gases de efeito estufa atingindo níveis alarmantes.
A crise alimentar nos EUA revela a interseção de desafios econômicos e climáticos. Medidas eficazes são urgentes para mitigar os efeitos da inflação e garantir segurança alimentar em um futuro incerto.

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