Por que todos estão falando das novas plataformas de TV sem custos?

Nos últimos tempos, um novo modelo de televisão vem ganhando muito destaque no mundo todo, inclusive nas casas brasileiras: o FAST, ou Free Ad-Supported TV Streaming, que oferece conteúdo gratuito suportado por propaganda.

Esse fenômeno está se espalhando rapidamente, com lançamentos de canais FAST ao redor de todo o mundo. No Brasil, até mesmo grandes nomes da TV tradicional, como a Globo, já estão aderindo a essa tendência, respondendo às mudanças recentes nas preferências de consumo de mídia.

O declínio da TV linear convencional, transmitida via antenas, cabos e satélites, é evidente. O público está claramente migrando para o modelo Over-The-Top (OTT), em que o conteúdo é entregue diretamente para os consumidores finais por meio de streaming na internet.

Serviços de vídeo sob demanda (VOD) como HBO Max e Netflix são populares nessa infraestrutura online, como você já deve ter percebido. No entanto, os consumidores também estavam em busca de uma alternativa mais parecida à TV linear tradicional, com programação contínua e curada.

A demanda pelos canais FAST ganha ainda mais popularidade graças ao cansaço de ter que buscar conteúdo nas plataformas de streaming, já que cada empresa possui seus próprios filmes e séries. As pessoas querem uma experiência mais contínua e relaxada, como acontecia na TV linear, mesmo que em troca de propagandas.

Outro motivo para a crescente popularidade da novidade é a demanda por conteúdo gratuito de qualidade, tendo em vista que as assinaturas de streaming estão cada vez mais caras. Mais um ponto importante é a necessidade de assinar mais de um serviço, muitas vezes.

Antigamente, a maioria das séries e filmes podia ser encontrada em um único serviço, uma espécie de monopólio da Netflix. No entanto, quanto mais empresas oferecem a transmissão via streaming, mais esparso fica o conteúdo.

O FAST, ao que tudo indica, veio para ficar. Combinando conteúdo de qualidade e gratuito, experiência de visualização relaxada e demanda por acessibilidade, é uma espécie de evolução natural da TV aberta, além de uma alternativa viável também para os anunciantes.