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Moedas

Poucas pessoas sabem, mas o Rio de Janeiro tem uma moeda própria

Conheça a mumbuca, moeda social cujo objetivo é fortalecer a economia local.

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Já ouviu falar em moeda social digital? Trata-se de uma iniciativa crescente em várias cidades brasileiras, especialmente em municípios da Região Metropolitana do Rio de Janeiro, como Maricá e Niterói.

Essas moedas, embora digitais, diferem das criptomoedas convencionais e são vinculadas diretamente ao real, com um valor equivalente.

O objetivo principal delas é fortalecer a economia local, incentivando o consumo dentro do próprio município. Em cada região, elas apresentam um nome diferente, desde arariboia, até mumbuca, que é hoje uma das mais conhecidas.

Conheça a mumbuca: moeda social exclusiva do Rio de Janeiro – Foto: Reprodução

Como surgiram as moedas sociais

A criação das moedas sociais digitais está frequentemente ligada a programas de transferência de renda promovidos pelas prefeituras.

Em Niterói, por exemplo, a moeda social, conhecida como arariboia, foi implementada em 2022 como parte de uma estratégia para apoiar famílias de baixa renda.

Cerca de 30 mil famílias recebem entre R$ 250 e R$ 700 por mês, dependendo da composição familiar, valores que só podem ser gastos dentro da rede de comerciantes cadastrados na cidade.

Maricá, por sua vez, foi uma das pioneiras no uso de moedas sociais digitais, com a criação da mumbuca em 2014.

A mumbuca é aceita por quase 11 mil comerciantes locais e atende a mais de 42 mil pessoas, que recebem o benefício graças aos recursos provenientes dos royalties do petróleo.

A moeda não apenas auxilia na compra de alimentos, mas também na aquisição de medicamentos e outros produtos essenciais, fortalecendo o comércio local e proporcionando uma rede de apoio econômico aos moradores.

Como emitir a moeda social

As moedas sociais digitais são emitidas por bancos comunitários, instituições sem fins lucrativos que operam com a autorização do Banco Central do Brasil.

Esses bancos, vinculados a bancos públicos, são responsáveis pela gestão das moedas e por garantir que os recursos circulem dentro da comunidade, evitando a fuga de capital.

Ao contrário do dinheiro convencional, a moeda social não pode ser sacada pelos beneficiários, sendo utilizada exclusivamente para transações locais.

Isso incentiva os comerciantes a manterem a moeda em circulação, aumentando sua força e impacto na economia regional.

Maior aceitação

A aceitação das moedas sociais digitais tem crescido, não apenas entre os beneficiários, mas também entre servidores públicos e outros correntistas que optam por utilizar essa forma de pagamento em suas transações diárias.

Além de Maricá e Niterói, outras cidades como Cabo Frio, Porciúncula, Itaboraí e Saquarema adotaram as próprias moedas sociais, cada uma com características específicas adaptadas às necessidades locais.

Tais moedas sociais são vistas como um mecanismo importante de economia solidária, promovendo o desenvolvimento econômico das regiões onde são implantadas e fortalecendo o comércio local.

Elas permitem que os recursos permaneçam dentro da comunidade, gerando benefícios para os moradores e criando um ciclo virtuoso de crescimento econômico sustentável.

Natália Macedo é graduada em Jornalismo, possui MBA em Comunicação e Jornalismo Digital. Mineira de Belo Horizonte, é apaixonada pelo Universo Geek e pelo mundo da música e entretenimento. Além disso, ama escrever e informar de maneira leve e democrática.

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