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Economia

Poupança segue como principal aplicação dos brasileiros, incluindo milionários

Dados do FGC de janeiro de 2021 mostram que há mais de 22 mil contas poupanças com saldo maior que R$1 mi

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A caderneta de poupança completou neste ano 160 anos e continua a ser — de longe — a forma de investimento mais popular no Brasil. Até os milionários utilizam a poupança como aplicação. Dados do Fundo Garantidor de Crédito (FGC) de janeiro de 2021 mostram que há mais de 22 mil contas poupanças com saldo maior que R$ 1 milhão — 28% a mais do que em janeiro de 2020.

De acordo com o Extra, esse fenômeno ocorre em um momento em que a aplicação tem baixo rendimento. Pela regra atual da poupança, após maio de 2012, o rendimento é de 70% da taxa básica de juros Selic (atualmente no patamar histórico de 2% ao ano). Ou seja, no momento, o ganho da caderneta é de 1,4% ao ano — muito abaixo da inflação acumulada em 12 meses de 5,2%, segundo o IBGE.

Investimentos que rendem mais do que a poupança

Poupança

A poupança antiga, no entanto, com depósitos realizados antes de maio de 2012, tem uma outra regra de rendimento: 0,5% ao mês mais TR (Taxa Referencial, que atualmente está zerada), o que dá 6,17% ao ano. O rendimento é muito superior do que os de outras aplicações de renda fixa seguras. O FGC e o Banco Central (BC) não têm dados sobre a idade das contas.

No ano passado, a poupança teve seu recorde captações líquidas (aplicações menos os saques) da série história do Banco Central, com R$ 166 bilhões. Um outro fato que pode ter levado os brasileiros para a caderneta é a segurança que esta transmite aos investidores.

Segundo dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) de 2019, a poupança é conhecida por 90% dos brasileiros e usada por 84,2% deles. Segundo mais utilizado, os fundos de investimento são escolhidos por apenas 6% dos investidores.

Uso da caderneta

Ainda de acordo com o jornal, para quem gosta aplicar na poupança, apesar de sua baixa rentabilidade, é possível usá-la como uma reserva de emergência e para acumular dinheiro. Por ser de fácil aplicação e isenta de cobrança de imposto, o investimento pode ser uma opção competitiva em relação a outros produtos dos grandes bancos, que também têm uma baixa remuneração, como o Certificado de Depósito Bancário (CDB), que rende cerca de 80% do CDI. Mas a poupança só rende em aniversários mensais. Por isso, se o cliente sacar o valor antes, não verá nenhuma rentabilidade.

O Tesouro Selic, que é garantido pelo Tesouro Nacional, é uma opção mais rentável e que está mais distante da conta-corrente, já que o resgate é feito pelo Tesouro Direto.

Para investimentos de médio e longo prazo, como para a compra de uma casa ou a aposentadoria, outras aplicações são mais indicadas.

O que muita gente não sabe é que a poupança é segura graças à garantia do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), que cobre até R$ 250 mil por CPF em instituição financeira, até o limite de R$ 1 milhão em janelas de quatro anos. Ou seja, pode ocorrer uma “quebra” a cada quatro anos. Mas esse fundo não protege somente a poupança. Engloba outros produtos como o Certificado de Depósito Bancário (CDB), a Letra de Crédito Imobiliário e a Letra de Crédito do Agronegócio (LCI/LCA).

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