Agronegócio
Pragas agrícolas: Embrapa revela áreas de maior risco no Brasil
Pragas podem ameaçar a fruticultura e até o comércio internacional.
Pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) identificaram áreas no Brasil vulneráveis ao desenvolvimento de três pragas quarentenárias ausentes.
Embora ainda não tenham sido introduzidas no país, essas pragas já causaram danos significativos à fruticultura em outros locais.
O estudo da Embrapa mapeou regiões que oferecem condições favoráveis ao desenvolvimento de tais seres, como clima propício e plantas hospedeiras.
A introdução dessas espécies no Brasil poderia ameaçar diversas culturas, impactando diretamente o comércio internacional de frutas.
Além de identificar áreas de risco, a pesquisa também abordou potenciais métodos de controle, inclusive inseticidas e agentes biológicos, para agir rapidamente caso essas pragas sejam detectadas no território nacional.
Alguns tipos de plantações podem ser muito prejudicadas por estas espécies – Imagem: reprodução/Peggy Marco/Pixabay
Pragas emergentes e suas ameaças
As pragas encontradas incluem a Anastrepha curvicauda, Bactrocera dorsalis e Lobesia botrana; saiba mais sobre elas a seguir.
Bactrocera dorsalis
A Bactrocera dorsalis, conhecida como mosca-das-frutas-oriental, pode desenvolver-se no Brasil entre julho e outubro.
Ela afeta culturas como abacate, banana, cacau e café, principalmente nas regiões Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste, e, em algumas áreas do Nordeste, o risco é contínuo.
Anastrepha curvicauda
A Anastrepha curvicauda, ou mosca-das-frutas-do-mamão, atinge especialmente municípios produtores de mamão e manga.
Foram identificadas 721 cidades vulneráveis em todas as regiões, o que significa uma ameaça à exportação brasileira dessas frutas.
Lobesia botrana
A Lobesia botrana, conhecida como traça europeia dos cachos da videira, é uma ameaça à viticultura.
A praga pode se desenvolver durante todo o ano no Centro-Oeste e Sudeste, e em diversos meses no Nordeste e Sul.
Preparação estratégica e cooperação
Rafael Mingoti, analista da Embrapa Territorial, destaca que o uso de métodos avançados de zoneamento climático e algoritmos foi crucial para identificar áreas de risco. Tais métodos consideram dados climáticos históricos e a presença de plantas hospedeiras.
Com relação a pragas quarentenárias ainda não introduzidas no Brasil, não existem produtos registrados para seu controle.
A Embrapa realizou um levantamento internacional que avaliou 41 princípios ativos para Lobesia botrana, 8 para Anastrepha curvicauda e 23 para Bactrocera dorsalis.
Contribuições para políticas públicas
Os resultados do estudo foram apresentados à Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, de modo que os dados possam embasar políticas e regulamentações fitossanitárias.
José Victor Alves Costa, coordenador-geral de Agrotóxicos do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), reforça a importância de medidas emergenciais para proteger a agropecuária nacional.
A colaboração entre as unidades da Embrapa e o governo brasileiro reforça o compromisso com a sustentabilidade no combate a pragas agrícolas. A antecipação é vital para mitigar possíveis impactos negativos no setor.

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