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Economia

Preço da energia no Brasil sobe com poucas chuvas e recuperação da economia, diz Safira

Preços do MWh sofreram variações de 20 a 30 reais de um dia para outro.

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O começo do período úmido com chuvas relativamente fracas e uma recuperação mais rápida do consumo no Brasil estão apoiando os preços da eletricidade, mas o momento ainda é de incertezas, avaliou nesta sexta-feira a Safira Energia, empresa que atua em segmentos como serviços, varejo, atacado.

Segundo a Safira, esses fatores e contratos já fechados que estão sendo mais pressionados pelo IGP-M, índice de preços que atravessa uma escalada em razão da pandemia, ajudam a estimular as cotações.

Com a recuperação da economia vista nos últimos meses, os preços do MWh passam por variações de 20 a 30 reais de um dia para outro, relatou a empresa. Mas a incerteza sobre a evolução das chuvas ao longo dos próximos meses é um fator importante.

“Não está chovendo como o esperado para o atual período úmido, e vemos os reservatórios com os níveis mais baixos da história. A consequência disso são preços de mercado na ordem de 400 reais/MWh para os últimos meses de 2020”, disse Juliana Hornink, coordenadora de Gestão de Clientes e Inteligência de Mercado da Safira.

O preço aumentou 15% para a próxima semana no mercado de curto prazo, a cerca de 560 reais, com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) esperando uma alta de 1,7% na demanda por eletricidade em novembro e chuvas abaixo da média nos principais reservatórios.

Para o ano que vem “os preços também estão pressionados na espera de uma resposta das chuvas”, avaliou a coordenadora da Safira.

De acordo com ela, o retorno da economia está gerando um aumento da produção em segmentos industriais, mas também causando a escassez de matéria-prima em outros, prejudicando as previsões de crescimento industrial em 2021 frente a 2020.

É muito provável que consumidores livres que terão maior produção precisem contratar energia excedente no ano que vem.

“Em meio a tantas incertezas –de negócios, da economia e mesmo em relação ao preço da energia–, sugerimos aguardar até dezembro próximo para verificar como o período úmido e as chuvas irão se configurar”, afirmou, aumentando no entanto que esta orientação aplica-se aos consumidores que já possuem contratos e estão à procura de uma oferta de energia para absorver seus excessos de produção.

O que não se sabe “é o quanto esse cenário pode impactar o consumidor (de energia) na decisão de produzir ou não o seu produto em maior escala, já que a energia vai influenciar na valoração do produto final”, concluiu Hornink.

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