Preço do boi gordo sobe após retomadas das importações chinesas

O Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) divulgou o balanço do ano que destaca que as vendas de carne bovina no atacado foram menores, em decorrência da baixa oferta de animais para abate.

A queda do poder de compra do brasileiro durante todo o ano de 2021 também limitou a alta de preços da carne bovina no atacado. Em dezembro deste ano, a média mensal foi de R$ 20,32, o que representa 0,55% menos que a de igual mês de 2020.

No mercado físico, a arroba refletiu a intensa demanda pela China e a oferta restrita de boi gordo para abate. Segundo o Cepea, “o indicador do boi gordo iniciou 2021 com média real de R$ 326,59, atingindo o maior patamar do ano já em fevereiro, de R$ 333,96. Nos meses seguintes, as médias mensais se mantiveram firmes, acima dos R$ 300. Já em setembro e outubro, os preços da arroba do boi gordo caíram com força.”

Em setembro, após os registros de dois casos atípicos de ‘vaca louca’, a suspensão do envio de carne à China fez com que os valores foram pressionados e as médias reais foram de R$ 305,10 e de R$ 268.

Em novembro, a arroba voltou a subir, impulsionada pela retração na oferta de boi para abate. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de janeiro a setembro foram abatidos 20,52 milhões de animais, 8,58% a menos que no mesmo período de 2020.

Já em dezembro, com a retomada do mercado da China, o indicador atingiu R$ 329,10, o maior patamar diário nominal de toda a série histórica desse produto, desde 1994. A média foi de R$ 318,62, quase 3% acima da média do mesmo período do ano passado.

Os preços do bezerro também foram recordes em 2021. Em abril, o animal chegou a ser negociado acima de R$ 3.300 por cabeça, no Mato Grosso do Sul. Em outubro, cedeu para R$ 2.700.