Bancos
Pressão federal por meta maior de inflação e baixa de juros sustenta alta do dólar
Cresce a expectativa do mercado em torno do aumento da meta, na reunião de amanhã (16) do CMN
“Alimentado” pelo temor de investidores quanto ao crescimento da onda de pressões por parte do presidente Lula, tendo em vista aumentar a meta de inflação para este ano (fixada em 3,25% pelo Conselho Monetário Nacional – CMN) e pela redução breve da taxa básica de juros (Selic), hoje em 13,75% ao ano – o dólar mantém viés firme de alta, que chegou a 0,23%, no início da sessão desta quarta-feira (15), cotado a R$ 5,29093, variação, ainda assim, inferior à valorização de 0,41% da véspera, a R$ 5,1974. No mês, a moeda ianque acumula elevação de 2,45%, mas soma queda de 1,53% no ano.
A ‘treta política’ que mantém a volatilidade cambial é protagonizada pelo mandatário do país e o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, em torno de eventuais mudanças na política monetária. Diante dos renovados ataques presidenciais ao BC, o presidente da autoridade monetária buscou amenizar o clima beligerante, acenando que o trabalho da instituição “é melhorar a comunicação em meio a esse debate”.
Enquanto a ‘pendenga’ entre Planalto e BC não chega a termo, cresce a expectativa do mercado em torno da reunião de amanhã (16) do CMN, de onde poderá sair uma nova resolução que altere a regra de metas de inflação. Fustigado pela imprensa quanto à essa alteração, Campos Neto preferiu o silêncio, mas ponderou que a medida é prerrogativa do governo.
Da parte de especialistas, qualquer mudança das referidas metas , logo na primeira reunião do CMN no ano (e com a concordância prévia do BC), poderia ser interpretada pelo mercado como sinal de fraqueza da autoridade monetária, ante à ofensiva política do Planalto, em que seu atual ocupante já teria deixado claro seu pleito: que a meta de inflação para 2023 seja ‘inflada’ em um ponto percentual (passando de 3,25% para 4,25%, cuja banda mínima passaria a 2,75% e a máxima, iria a 6%), enquanto a Selic desceria para 12% até o fim deste ano.
Inflação ianque sobe – No front externo, influem nas cotações da moeda ianque novos dados que mostram ‘aceleração’ dos preços ao consumidor nos Estados Unidos, em janeiro, em relação a dezembro de 2021, mas no comparativo anual (janeiro de 2023/janeiro de 2022), a variação é considerada a mais baixa, desde o fim de 2021.
Para o diretor de gestão de recursos da Nova Futura Gestora, Pedro Paulo Silveira, a pressão inflacionária estadunidense “coloca para os investidores a possibilidade bastante razoável de termos mais duas altas (de juros) nas próximas reuniões do Fed [Federal Reserve, banco central dos EUA]”, o que “de fato muda um pouco a perspectiva que nós tínhamos até a semana passada”, acrescentando que esse fato ajudaria a explicar a piora nos mercados tanto internacionais quando domésticos.

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