Produção de contratos no regime de partilha quadruplica em 2022

Prova indiscutível de sucesso dessa modalidade de exploração, a produção de petróleo em contratos do regime de partilha quadruplicou em 2022, em relação ao ano anterior, ao produzir 233 milhões de barris de petróleo, ante uma produção de 62 milhões de barris, em 2021.

Os dados excepcionais, que integram o Boletim Mensal da Produção, foram divulgados nesta quinta-feira (23) pela Pré-Sal Petróleo (PPSA), ao apontar, como maiores destaques, no ano passado, os campos de Búzios e Mero, que produziram 152 milhões de barris de petróleo e 34 milhões de barris de petróleo, respectivamente, respondendo por 80% da produção total.

Se considerada a parcela referente à União, os dois campos citados também lideram, com uma participação de 74% na produção. De maneira geral, a comercialização dos volumes de petróleo natural da União é realizada pela PPSA, a partir do instante em que as cargas ficam disponíveis. Nesse sentido, em 2022, o Tesouro Nacional arrecadou R$ 4,71 bilhões.

Se considerado o início da série histórica, em 2017, o regime de partilha da produção acumula uma produção total de 343,11 milhões de barris de petróleo, dos quais 9,8 milhões de barris se destinaram à União. A primeira região sob tal regime, no final de 2017, foi a Área de Desenvolvimento de Mero, que apresenta ritmo acelerado de produção, cujo pico é esperado para 2030, de acordo com projeções da PPSA.

Já a produção de gás também registrou desempenho positivo no ano passado, por meio da comercialização de 602 milhões de metros cúbicos (m³), marca que representa o triplo do apresentado em 2021, quando chegou a 187 milhões m³.

Neste caso, a liderança coube ao Campo de Búzios, que respondeu pela produção de 528 milhões m³, do quais 48 milhões m³ ficaram com a União. Outro dado revela que mais de 80% do gás natural da União provêm do contrato de Entorno do Sapinhoá, com produção acumulada de 990 milhões de m³, desde 2017.

Segundo o boletim mensal da PPSA de dezembro último, a produção média dos sete contratos (do regime de partilha) atingiu 761 mil barris de petróleo por dia (bpd), o que equivale a um montante 4% inferior ao do mês anterior.