Economia
Produção de petróleo no Brasil registra queda em outubro
Levantamento da ANP.
A produção média de petróleo no Brasil em outubro alcançou 3,268 milhões de barris por dia (bpd), representando uma redução de 5,8% em relação a setembro e de 7,8% em comparação ao mesmo mês de 2023, segundo dados divulgados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
A queda foi atribuída a paradas programadas nas plataformas dos campos de Búzios e Tupi, os dois maiores do país. No campo de Búzios, operado majoritariamente pela Petrobras, duas paradas superiores a 15 dias em plataformas FPSOs impactaram significativamente os números. Já em Tupi, operado pela Petrobras em parceria com Shell e Galp, foram realizadas paradas de menor duração.
Detalhes por campo
- Tupi: Produção total de 1,016 milhão de barris de óleo equivalente por dia (boed), frente a 1,086 milhão de boed em outubro de 2023.
- Búzios: Produção caiu para 711 mil boed, comparada a 800 mil boed no mesmo mês do ano anterior.
Desempenho das principais operadoras
A Petrobras registrou uma produção total de 2,585 milhões de boed, redução de 11,2% em comparação a outubro de 2023. A meta anual da estatal para 2024 é de 2,8 milhões de boed, com variação de 4% para cima ou para baixo.
Já a Shell, segunda maior produtora no Brasil, teve uma produção de 483 mil boed, ante 494 mil boed no mesmo período do ano passado.
Produção de gás natural e pré-sal
- Gás natural: A produção alcançou 158,86 milhões de metros cúbicos por dia (m³/d) em outubro, apresentando queda de 6,5% em relação a setembro, mas com aumento de 4,2% comparado a outubro de 2023.
- Pré-sal: Responsável por 78,4% da produção total do Brasil, o pré-sal registrou 2,6 milhões de bpd de petróleo e 118,8 milhões de m³/d de gás natural, totalizando 3,35 milhões de boed, uma queda de 9,1% em relação a setembro e de 2,7% frente ao mesmo mês do ano passado.
ANP
A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) é o órgão regulador do setor de petróleo, gás natural e biocombustíveis no Brasil. Criada em 1997, sua principal função é implementar e fiscalizar as políticas nacionais para o setor, promovendo a regulação, a supervisão e o controle das atividades relacionadas à exploração, produção, refino, distribuição e comercialização de petróleo, gás natural e seus derivados, além de biocombustíveis.
A ANP também é responsável por atrair investimentos, garantir a competitividade do mercado e proteger os interesses dos consumidores, além de incentivar o uso eficiente de recursos energéticos e assegurar o cumprimento de normas ambientais. Ela desempenha um papel estratégico na gestão de leilões de blocos exploratórios, na regulação do pré-sal e na supervisão de preços e estoques de combustíveis no país.
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