Produção industrial do país avança 1,1%, de fevereiro para março

Confirmando a tendência de retomada da economia brasileira – sinalizada pela alta de 2,41% no primeiro trimestre deste ano (1T23) do IBC-Br, indicador do Banco Central (BC) considerado ‘prévia do PIB’ – a produção industrial nacional cresceu 1,1%, de fevereiro a março de 2023, com expansão em 11 das 15 regiões abrangidas pela Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física Regional, cujos resultados foram divulgados, nesta sexta-feira (19) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com o estudo, as maiores elevações foram observadas nos estados de Mato Grosso (9,3%), Amazonas (8,7%) e Pernambuco (8,1%). Com maior peso no resultado geral que esses estados, o Rio Grande do Sul apresentou expansão de 5,6%, no comparativo mensal citado.

Segundo o analista do IBGE, Bernardo Almeida, “o resultado de março vem após dois meses seguidos de resultados negativos. Alguns setores que antes apresentavam trajetória negativa, em março mostraram crescimento. Os de veículos automotores e derivados do petróleo impactaram no desempenho da indústria gaúcha. Esse avanço no estado também elimina parte da perda acumulada nos dois meses anteriores, de 11,5%”.

Em menor proporção, houve crescimento da produção industrial nos estados da Bahia (5,6%), Pará (4,3%), Ceará (4%), Minas Gerais (1,5%), Rio de Janeiro (0,7%) e São Paulo (0,2%). A única região pesquisada, Nordeste, cresceu 6,8%. Em contraponto, declínio foi observado no Espírito Santo (-1,8%), Santa Catarina (-1,4%), Goiás (-1,4%) e Paraná (-1,3%).

No comparativo anual (março de 2022), a pesquisa observou alta em nove das 18 regiões pesquisados, com destaque para Amazonas (23,5%), Mato Grosso do Sul (8,6%) e Minas Gerais (7,3%), Maranhão (6,6%), ficando a ‘lanterninha’ com o Rio Grande do Norte (1,3%). No viés de queda, ficaram o Rio Grande do Sul (-6,5%) e Goiás (-5,3%).

Já no acumulado do ano – que compreende o intervalo de janeiro a março deste ano – a queda da produção industrial foi verificada em 13 regiões, sobretudo Rio Grande do Sul (-9,2%), Mato Grosso (-7,4%) e Bahia (-5,2%), enquanto a alta foi registrada em apenas cinco delas, sob a liderança do estado do Amazonas (14,8%).