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Agronegócio

Produção regada à cerveja: boi que produz a carne mais cara do mundo ingere a bebida

Animal japonês, conhecido como wagyu, ficou famoso por conta das “mordomias” que recebe

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O visual do carne que lembra mármore é único. A gordura intramuscular, que também é responsável pela maciez da carne, torna o wagyu uma peça especial no mercado. Mas a fama do boi japonês vai além.

As mordomias no tratamento do animal vão desde massagens para relaxamento até a ingestão de cervejas. Os produtores acreditam que a bebida facilita a digestão e a massagem ajuda na infiltração de gordura para a formação do “marmoreio”. Mas nada disso tem comprovação científica.

Segundo a Associação Brasileira dos Criadores de Bovinos da Raça Wagyu (ABCWagyu), a maciez e o sabor da carne são dados, na verdade, pela genética do wagyu, associada à uma alimentação rica em amigo, como milho, sorgo, arroz, trigo e a própria cevada. 

Gordura intramuscular dá aspecto de mármore à carne


Preço

O tratamento, antes praticado abundantemente no país, agora já não é mais tão comum. Mas a qualidade do produto segue impressionando. No Brasil, o preço médio do quilo é R$ 600, mas pode ultrapassar R$ 1.000. Quanto maior a proporção de gordura intramuscular, mais caro é o corte de wagyu.

Outro fator que encarece a carne é o fato da raça ser menos produtiva e menos resistente a doenças e condições climáticas.

Origem

O animal migrou da Europa para Ásia e foi introduzido no Japão para puxar arado nas lavouras de arroz. No Brasil, ele chegou em 1992. A dona da bebida láctea Yakult trouxe a raça pura japonesa e até hoje está entre as maiores produtoras do país, com 350 cabeças. Em todo o país, o rebanho chegou a 6.873 mil cabeças em 2020. Há somente 47 criadores da raça no Brasil todo.

O termo wagyu significa “gado do Japão”.

Jornalista desde 2015. Pós graduada em Comunicação e Marketing desde 2020. Contadora de histórias desde sempre.

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