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Economia

Proposta para ICMS reduz preço da gasolina em 8% e do álcool em 7%

Proposta prevê mudar o cálculo do tributo dos estados, adotando como base de preço médio o valor dos combustíveis de dois anos anteriores; entenda.

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A proposta criada por lideranças partidárias envolvendo a cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) pode reduzir o preço da gasolina em 8%, do etanol em 7% e do diesel em 3,7%.  A informação foi divulgada pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), nesta terça-feira, 5.

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Segundo Lira, a proposta de redução no preço dos combustíveis leva em consideração o valor médio dos produtos referente aos dois anos anteriores. A previsão é de que a medida seja discutida e votada até a quarta-feira da próxima semana.

A ideia é definir a cobrança do ICMS 2022, por exemplo, com base no preço médio dos combustíveis em 2020 e 2021. Já no ano de 2023, seriam aplicadas a médias dos preços em 2021 e 2022. Hoje em dia, o tributo cobrado pelos estados utiliza como referência o preço médio da gasolina, do etanol e do diesel de 15 dias anteriores.

Apesar de promover reajustes no ICMS, Lira declarou que o tributo não é o principal fator para a alta dos combustíveis, mas sim um “primo malvado”.

“Nós nunca dissemos que é o ICMS que ‘estarta’ o preço dos combustíveis. Com a política da Petrobras aprovada pelo Congresso Nacional, de preços atrelados ao dólar e ao petróleo, é lógico que isso tem de ter variação. O problema que estamos analisando é que, nos aumentos que são dados aos combustíveis pelo petróleo e pelo dólar, o ICMS é um primo malvado. Ele contribui e muito para o aumento dos combustíveis, de forma sempre geométrica. É aumento em cima de aumento com toda a cadeia embutida nele”, declarou o presidente da Câmara.

Perda de receita para os estados

Como esclarece Lira, a mudança na base de cálculo do ICMS é uma forma de diminuir as oscilações nos preços dos combustíveis que o condutor vem encontrando no decorrer dos últimos meses no momento de abastecer.

Por outro lado, como afirmam secretários estaduais de Fazenda, a proposta a ser votada teria efeito apenas de “remendo”, sem que de fato solucionasse o problema nas altas dos preços. Além disso, a previsão é de que a nova regra do ICMS gere perdas de receita para os estados. Por este viés, a medida também pode sofrer oposição por parte de governadores.

Por fim, para que haja um impacto significativo nos preços dos combustíveis, os secretários estaduais de Fazenda dizem que é necessária, sobretudo, uma mudança na política de preços adotada pela Petrobras.

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