Criptomoedas
Queda do Bitcoin? Receita Federal revela a nova cripto queridinha dos investidores no Brasil
Monitoramento da Receita revela a popularização de um tipo específico de criptomoeda no país e o recorde de investidores declarados.
Os investidores brasileiros que gostam de apostar em criptomoedas estão um pouco mudados. Essa informação é da própria Receita Federal, que passou a usar inteligência artificial para monitorar as transações feitas.
Segundo o órgão, a Bitcoin (BTC), cripto que dominou o mercado até meados de 2022, perdeu a liderança para outras opções, especialmente de stablecoins. A principal delas é a Tether (USDT).
Para se ter ideia da mudança de contexto, o volume de negociações de USDT já representa o dobro do que é feito hoje com BTC. Isso significa, na prática, uma alteração sensível no perfil das transações.
Tether (USDT)
A Tether é uma opção de criptomoeda que faz paridade ao dólar e tem lastro fundamentado por títulos do Tesouro americano. Os investidores veem nela uma forma de obter exposição à economia dos Estados Unidos.
O que a Receita está de olho, no entanto, é que essa mudança de perfil nas transações pode ter grandes implicações no cenário tributário e regulatório das criptos no Brasil.
“Considerando apenas os dados parciais de 2023, 80% da movimentação de criptomoedas informada é relativa ao USDT”, informa o órgão.
Das quatro criptos mais negociadas por brasileiros em setembro deste ano, três foram opções de stablecoins. Fora isso, o monitoramento revelou 4,1 milhões de contribuintes investindo nesse setor, em um único mês. É o recorde em número de declarações.
Preocupação
Fato é que toda essa popularização de stablecoins tem preocupado a Receita Federal, principalmente quanto ao uso delas como meio de pagamento.
No comunicado divulgado pelo órgão, é feito um alerta quanto aos riscos dessas criptomoedas, pois elas tendem a oferecer riscos maiores do que criptos voláteis, como o Bitcoin.
De modo geral, elas poderiam se transformar em um empecilho ao Real por, justamente, terem uma aceitação maior no comércio.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) também já alertou sobre esse aspecto em publicação feita na internet e citou principalmente o efeito que pode ser gerado em economias em desenvolvimento.
No caso do Brasil, ainda não houve registros notáveis desse tipo de uso, mas o assunto já é um problema, por exemplo, na Indonésia, principalmente em cidades turísticas como Bali.
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