Queda na quantidade de solicitações de seguro-desemprego. Veja o que pode estar levando a essa redução!

O seguro-desemprego é um benefício oferecido a todo trabalhador que, por ventura, seja demitido sem justa causa, no intuito de garantir que ele possua uma assistência financeira temporária. Entretanto, no ano de 2021, o Brasil obteve o menor índice de solicitações do seguro-desemprego desde 2006. Entenda o porquê isso está acontecendo.

Leia mais: Abandono de emprego: quantos dias de ausência é considerado justa causa?

Quais as principais causas?

De acordo com o Ministério do Trabalho e Previdência, o número de solicitações do seguro-desemprego em 2021 obteve uma queda drástica, sendo menor do que o ano de 2006, onde havia sido registrada a menor taxa.

Assim, em 2021 foram feitos 6.087.576 pedidos de seguro-desemprego, número menor do que no ano anterior em 2020 (10,3% menor).

Com isso, duas principais questões estão sendo associadas a essa redução drástica, são elas: o surgimento do Benefício de Preservação de Emprego e da Renda (BEm), e o aumento expressivo de trabalhadores informais no Brasil.

Leia também: O 14° salário para os beneficiários do INSS está em tramitação para ser pago a partir de março

O surgimento do benefício emergencial

O BEm surgiu durante a pandemia para que os trabalhadores, com carteira assinada, pudessem entrar em acordo com seus chefes e suspender o contrato de trabalho ou reduzir a jornada, por até 4 meses.

Dessa forma, houve também uma redução do salário de 25% até 70%, mas o trabalhador conseguiu manter a garantia do seu emprego, já que com as contas no vermelho, a maioria das empresas tiveram que adotar cortes na mão de obra.

Com isso, os possíveis desligamentos e solicitações do seguro-desemprego foram diminuídos. O governo afirma que o surgimento do BEm garantiu que 11,1 milhões de pessoas não fossem demitidas durante a pandemia.

Crescimento do trabalho informal

Não é de hoje que o Brasil está se tornando o país da informalidade. A cada ano cresce o número de pessoas que passam a depender apenas do mercado informal. A proporção atual é que a cada 10 trabalhadores brasileiros, 4 deles não possuem carteira assinada e os demais direitos trabalhistas.

Assim, nenhum deles possuem direito ao seguro-desemprego. E isso só se agravou ainda mais durante a pandemia. Pois, diversas pessoas tiveram que “se virar” com o que tinham disponível e, como consequência, partir para o mercado informal.

Então, agora que você sabe mais sobre a queda na quantidade de solicitações de seguro-desemprego. Aproveite para encaminhar esse artigo para aquele seu amigo que também gostaria de saber.