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Mercado de Trabalho

Quem fatura mais? Motoristas Uber ou entregadores iFood

Pesquisa revela dados sobre renda, gênero, idade, escolaridade e jornada de trabalho dos profissionais que atuam como entregadores e motoristas de aplicativo.

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Depois do Uber, iFood também oferece planos de desconto para entregadores (20/03)

No contexto da mobilidade urbana, a regulamentação das ocupações de entregador e motorista de aplicativo tem sido um tema central de discussão.

Atualmente, o Governo Federal, as empresas de tecnologia e os próprios trabalhadores estão engajados em um diálogo para estabelecer as diretrizes que oficializarão essas profissões.

Embora sejam relativamente novas, essas ocupações já sustentam a renda de um considerável contingente de 1,66 milhão de pessoas no Brasil, composto por 1.274.281 motoristas e 385.742 entregadores.

A pesquisa revela que a esmagadora maioria, 81,3%, dos trabalhadores “plataformizados”, ou seja, aqueles que atuam por meio de aplicativos ou plataformas, são do gênero masculino.

Dentro desse grupo, 48,4% estão na faixa etária de 25 a 39 anos. Quanto à escolaridade, a maioria dos trabalhadores “plataformizados” concluiu o ensino médio ou possui nível superior incompleto, representando 61,3% nesses grupos educacionais.

Além disso, os trabalhadores que utilizam plataformas, como motoristas de Uber, costumam ter uma jornada média de 46 horas por semana. Isso é notavelmente mais longo em comparação com outros trabalhadores em ocupações semelhantes, como taxistas que não utilizam aplicativos, cuja jornada é cerca de 6,5 horas mais curta.

Média salarial dos entregadores e motoristas de aplicativos

Pela primeira vez, pesquisadores conseguiram acessar os registros administrativos das empresas afiliadas à Amobitec, como iFood e Uber, para obter informações sobre a remuneração dos trabalhadores e o tempo dedicado a viagens ou entregas no Brasil.

Em 2022, uma pesquisa revelou que os motoristas que utilizam plataformas ganhavam, em média, R$ 2.454 por mês, um valor ligeiramente superior ao dos motoristas que não utilizam aplicativos, os quais recebiam R$ 2.412.

No que diz respeito ao rendimento por hora, os motoristas de aplicativo ganhavam, em média, R$ 11,80, enquanto os motoristas tradicionais recebiam R$ 13,60 por hora.

No entanto, ao observarmos os entregadores, a situação é diferente. Aqueles que utilizam plataformas como o iFood possuíam um rendimento médio mensal de R$1.784, enquanto os que não estavam vinculados a aplicativos ganhavam R$2.210.

É interessante notar que os entregadores que trabalham com aplicativos costumam ter jornadas de trabalho mais longas, cerca de 47,6 horas por semana, em comparação com as 42,8 horas daqueles não vinculados a aplicativos.

Isso significa que o rendimento por hora dos entregadores de aplicativos (R$8,70) é ainda menor do que o dos que não utilizam aplicativos (R$11,90), conforme explicou Geaquinto.

Bruna Machado, responsável pelas publicações produzidas pela empresa Trezeme Digital. Na Trezeme Digital, entendemos a importância de uma comunicação eficaz. Sabemos que cada palavra importa e, por isso, nos esforçamos para oferecer conteúdo que seja relevante, envolvente e personalizado para atender às suas necessidades. Contato: bruna.trezeme@gmail.com

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