Conecte-se conosco

Economia

Questões sobre estratégias de liquidez de BCs surgem após agitação nos mercados pela Covid-19, diz BIS

Créditos internacionais de bancos sobre instituições não bancárias dispararam 63% entre o primeiro trimestre de 2015 e março de 2020.

Publicado

em

O Banco de Compensações Internacionais (BIS) disse nesta segunda-feira que turbulência nos mercados resultante dos bloqueios para conter o coronavírus em março instigaram questões sobre se os bancos centrais deveriam oferecer acesso a liquidez de forma mais ampla diante de abalos futuros.

Em artigo de revisão trimestral, o fórum dos bancos centrais do mundo afirmou que os créditos internacionais dos bancos sobre instituições não bancárias, como seguradoras, câmaras de compensação, fundos do mercado monetário e fundos de hedge, saltaram 63%, a 7,5 trilhões de dólares, entre o primeiro trimestre de 2015 e o final de março de 2020.

Credores nos Estados Unidos, Reino Unido, Ilhas Cayman e Japão responderam pelo aumento dos vínculos com instituições não bancárias.

“A turbulência do mercado desencadeada pelo choque da Covid-19 trouxe à tona as vulnerabilidades associadas a esses vínculos”, explicou o BIS.

O banco falou ainda que isso levou a margens ou exigências de caixa para apoiar as negociações nas câmaras de compensação, piorando as oscilações nos preços e drenando o dinheiro dos bancos em um momento inoportuno.

Outro problema destacado pela situação, disse o BIS, foi que os fundos do mercado monetário, usados por bancos e empresas para a gestão diária de caixa, podem ser provedores de financiamento “inconstantes”.

O monitoramento contínuo por parte das autoridades é justificado pelo tamanho das instituições não bancárias e suas ligações com os credores, acrescentou o BIS.

“O fato de que algumas instituições financeiras não bancárias enfrentam um ambiente regulatório substancialmente diferente em comparação com os bancos – bem como nenhum ou limitado acesso formal a liquidez dos bancos centrais ou garantias de crédito do setor público – apenas aumenta essa necessidade”.

Mesmo sem especificar ações, o artigo reitera o argumento dos bancos centrais de que reformas regulatórias podem ser necessárias para garantir que as instituições não bancárias tenham liquidez suficiente para enfrentar com mais força os choques do mercado.

Publicidade
Clique para comentar

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado.

MAIS ACESSADAS