Economia
Receita perversa de crises deprime investimentos no país
Desafios nas áreas política, fiscal e hídrica travam retomada econômica
Em ritmo lento há muitos meses, o nível de investimento no país, este ano, deve chegar da estagnação, por conta do somatório de risco fiscal, político, e agora, mais recente, pela crise hídrica. Pior, segundo especialistas, esse quadro continuará até, pelo menos, o próximo ano.
Menor taxa – De acordo com dados divulgados pelo IBGE, no segundo trimestre do ano (2T21), o Produto Interno Bruto (PIB) apresenta descenso de 3,6% no volume de investimentos, se comparado com o trimestre anterior (1T21). Com esse resultado, a taxa de investimentos atingiu 18,2% do PIB no período, taxa muito abaixo da registrada por países emergentes, na média, em torno de 32,9% do PIB, e ainda assim, inferior aos 22% do PIB de economias desenvolvidas, conforme estudo do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Crescimento baixo – Distante da ‘retomada em V’ da economia sonhada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, o ritmo dessa recuperação não é tão intenso como o governo gostaria, em que pese o divisor de águas da pandemia. Alguns analistas ponderam que, até mesmo o crescimento mais forte da economia, esperado para o ano que vem, pode não ocorrer. “Estamos voltando para o cenário de crescimento baixo”, sentencia o responsável pelas sondagens de confiança empresarial da FGV, Rodolpho Tobler.
Freio geral – A tendência é reforçada pelos indicadores de confiança da FGV, segundo os quis, o Indicador de Intenção de Investimentos, que chegou a subir, no terceiro trimestre do ano (3T21), mas os serviços (110,9 pontos) e construção (103,6 pontos) se mantêm aquém do patamar anterior à pandemia.
Fragilidade do consumo – Já a indústria, que apresenta um número é maior (129,2 pontos) no período, mas que representa recuo em relação ao primeiro trimestre – 1T21 – (132,8 pontos). Esse freio geral na atividade se consolida na retração de 0,1 ponto percentual do PIB no segundo trimestre ante o anterior (2T21/1T21), o que atesta a fragilidade do consumo interno, menores aportes de investimentos por parte das empresas.
Sem demanda – Ao fixar como bases do investimento, o crescimento da demanda e a expectativa de lucro, o professor da PUC-SP e presidente do Conselho Federal de Economia (Cofecon), Antonio Corrêa de Lacerda “quem está tomando decisão de investimento já percebeu que o padrão de crescimento econômico do Brasil é muito baixo. Não adianta investir porque não tem demanda para isso”, explica. Após a contração verificada no 2T21, as previsões de crescimento econômico foram todas revisadas para baixo, em que o PIB deverá avançar 5% do PIB, este ano, e não mais do que 2% no próximo.

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