Economia
Recua o número de jovens nem-nem no Brasil, mas preocupação e mantém
Dados do Ministério do Trabalho.
O Ministério do Trabalho e Emprego divulgou uma nota corrigindo a estimativa sobre os jovens que não estudam, nem trabalham, conhecidos como “jovens nem-nem”. No primeiro trimestre de 2024, o número de jovens entre 14 e 24 anos nessa condição foi de 4,6 milhões, uma redução de 0,95% em comparação ao mesmo período de 2023, quando eram 4,8 milhões. Inicialmente, foi reportado um aumento nesse indicador, mas essa informação foi corrigida.
Paula Montagner, subsecretária de Estatísticas e Estudos do Ministério do Trabalho e Emprego, em entrevista à Agência Brasil, destacou que as jovens mulheres enfrentam os maiores obstáculos, devido ao trabalho doméstico e à sobrecarga do cuidado familiar, que atrasam sua entrada no mercado de trabalho. Para reduzir o número de jovens que abandonam o ensino médio, o governo federal lançou o programa Pé-de-Meia, que oferece incentivo financeiro para que jovens de baixa renda permaneçam matriculados e concluam o ensino médio. O programa prevê o pagamento de R$ 3 mil anuais por beneficiário, até R$ 9,2 mil ao longo dos três anos do ensino médio, com um adicional de R$ 200 pela participação no Enem na última série. No entanto, Montagner afirmou que os efeitos mais significativos do programa serão sentidos nos próximos anos.
Jovens nem-nem no Brasil
Cerca de 17% da população brasileira é composta por jovens entre 14 e 24 anos, totalizando 34 milhões de pessoas. No primeiro trimestre deste ano, 14 milhões desses jovens estavam empregados, mas 45% deles, ou 6,3 milhões, estavam na informalidade, uma porcentagem maior que a média nacional de 40%. Montagner explicou que a alta informalidade está relacionada ao fato de que muitos jovens trabalham em micro e pequenas empresas, muitas vezes sem um contrato formal, porque os empregadores hesitam em formalizá-los imediatamente.
Os jovens que apenas estudam somam 11,6 milhões, enquanto o número de jovens desocupados chegou a 3,2 milhões em 2024. O levantamento também revelou um aumento recente no número de aprendizes e estagiários no país. Entre 2022 e 2024, o número de aprendizes cresceu em 100 mil, atingindo 602 mil em abril deste ano, o dobro de 2011. Quanto aos estagiários, houve um aumento de 37% entre 2023 e 2024, passando de 642 mil para 877 mil.
Rodrigo Dib, da superintendência institucional do CIEE, afirmou que a pesquisa “mostra que a empregabilidade jovem é um desafio urgente para o Brasil” e destacou a necessidade de incluir essa faixa etária no mercado de trabalho de maneira segura, visando o desenvolvimento a médio e longo prazo. Montagner acrescentou que aumentar a inserção produtiva dos jovens no mercado de trabalho requer elevar a escolaridade e ampliar a formação técnica e tecnológica desse público, bem como reforçar as oportunidades de estágio e aprendizado conectados ao ensino técnico e aos cursos profissionalizantes, para que os jovens possam desenvolver uma carreira e encontrar áreas de interesse.
(Com Agência Brasil).
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