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Economia

Recuperação do exterior; pacote Biden e Orçamento de 2022 pautam Ibovespa de terça

Nova vacina contra variante anima mercado; plano ianque ganha sobrevida; investimento público será o menor da história

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Crédito: Criptofácil

A expectativa de que a expansão da onda ômicron pelo mundo seja menor do que o esperado e a possibilidade de o governo de Joe Biden ‘salvar’ seu megaprojeto avaliado em US$ 2 trilhões são dois fatores que podem explicar, pelo menos em parte, o movimento altista das bolsas mundiais, nessa terça-feira (21), após a queda generalizada da véspera.

Aposta na retomada – Ao que parece, a aposta dos mercados é no sentido de que a variante viral laboratorial não deverá impedir a retomada, mesmo que gradual, da economia mundial, animada, a princípio, com a informação da fabricante Moderna, de que teria colhido bons resultados contra o ômicron mediante a aplicação de uma terceira vacina contra a covid-19.

Controle de mobilidade – O fato é que os investidores continuam sentindo o impacto do aperto monetário global, associado (sobretudo, na Europa), com a reedição do controle de mobilidade social, por alguns países europeus.

Futuros no positivo – Como resultado, os índices futuros dos EUA operavam no positivo, nessa manhã (21), em contraponto ao grande fluxo vendedor da segunda (20).

Megapacote de Biden – Ainda na pátria ianque, depois de ser rejeitado publicamente por um dos líderes de seu próprio partido – o senador democrata, Joe Manchin – o megapacote do presidente Joe Biden (apelidado de “Build Back Better” ou “reconstruir melhor”, em tradução livre do inglês) ainda tem chances de ser aprovado, ao menos parcialmente, pelo Congresso ianque, no próximo ano.

Medidas de prevenção – A despeito do ‘tombo’ da véspera, as bolsas asiáticas fecharam no positivo, como reflexo da iniciativa de governos locais em adotar medidas de controle e prevenção contra surtos da variante ômicron. Destaque da região coube à Bolsa de Tóquio, que avançou 2,08%, enquanto Hong Kong teve alta de 1% e a bolsa de Xangai subiu 0,88%. Seguindo a trilha positiva, o índice Kospi (Coréia do Sul) cresceu 0,41%; Sydney (+0,86%) e Singapura (0,39%). A única exceção ficou com a Bolsa da Malásia, que recuou 0,09%.

Reestruturação de dívidas – Ainda na Ásia, continua na mira do investidor o processo de reestruturação de dívidas em curso por parte das incorporadoras chinesas, em especial, a Evergrande, a segunda maior do país, afundada em débitos da ordem de US$ 300 bilhões.

Europa positiva – Como no resto do globo, as bolsas europeias seguem no positivo, por conta da possibilidade deter o avanço da variante viral no ‘velho continente’, e, ao mesmo tempo, o momento marca a recuperação das perdas acionárias da véspera. Às 7h, o índice Stoxx 600 operava em alta de 0,86%, a 471,37 pontos. Reforça essa expectativa favorável o anúncio, pela Novavax, de que as doses de seu novo imunizante contra o ômicron devem começar a ser ministradas na região, a partir do primeiro trimestre de 2022 (1T22).

Petróleo avança – No campo das commodities, os futuros do petróleo para fevereiro próximo sobem 1,17% a US$ 69,41 por barril, no momento da escrita, avançando em relação à cotação de US$ 66,14 da segunda (20). Também para fevereiro, o petróleo Brent teve ganhos de 0,95% para negociação a US$ 72,20 por barril. A avaliação do mercado é que os preços do petróleo devem ‘continuar pressionados’, enquanto não há uma ideia mais precisa do risco de contaminação da nova cepa viral.

Leilão de swaps – Na terra brasilis, mesmo que esteja disposto ‘a levar o país à recessão’ – como se já não estivéssemos nela – o Banco Central (BC) tenta controlar a inflação via câmbio, por meio de  leilão de swaps cambiais no mercado spot, no início dessa manhã.

‘Prover liquidez’ – Na operação, a autoridade monetária ofereceu US$ 500 milhões, com o objetivo de “prover liquidez ao mercado cambial brasileiro”. Em consequência, o dólar à vista acusava recuo de 0,34% a R$ 5,7255 (venda), ao passo que o contrato de dólar futuro na B3 (B3SA3) de primeiro vencimento tinha queda de 0,33% a R$ 5,7350. Também foram disponibilizados até 15 mil contratos de swap cambial tradicional para rolagem do vencimento em 1° de fevereiro de 2022.

Menor da história – Na agenda econômica no Congresso, o dia é de votação do Orçamento de 2022 pela Comissão Mista do Orçamento (CMO), também pela manhã, após adiamento ontem (20). Caso seja aprovada, a medida representa o menor volume de investimentos públicos da história, uma vez que a previsão é de sejam aportados R$ 44 bilhões nas áreas de infraestrutura, educação, saúde, defesa e pavimentação de estradas.  À tarde é a vez da divulgação da arrecadação em novembro, pela Receita Federal.

Covid cai (de novo) – No diário da Covid, nova queda (30%) da média móvel de mortes em sete dias no país (132) ante patamar de 14 dias antes, informou o consórcio de veículos de imprensa.

Principais indicadores

Estados Unidos (futuros)

Dow Jones, +0,48%.

S&P 500, +0,60%.

Nasdaq, +0,91%.

Ásia

Nikkei (Japão), +2,08% (fechado).

Shanghai SE (China), +0,88% (fechado).

Hang Seng Index (Hong Kong), +1,00% (fechado).

Kospi (Coreia do Sul), +0,41% (fechado).

Europa

FTSE 100 (Reino Unido), +0,87%.

Dax (Alemanha), +0,68%.

CAC 40 (França), +0,84%.

FTSE MIB (Itália), +0,81%.

Commodities

Petróleo WTI, +0,39%, a US$ 68,88 o barril.

Petróleo Brent, +0,15%, a US$ 71,63, o barril.

Minério de ferro, +2,56%, a 702,00 iuanes ou US$ 110,21 (Bolsa de Dalian – China).

Criptomoedas

Bitcoin, +5,25% a US$ 48.710,18 (há um dia).

Sou um profissional de comunicação com especialização em Economia, Política, Meio Ambiente, Ciência & Tecnologia, Educação, Esportes e Polícia, nas quais exerci as funções de editor, repórter, consultor de comunicação e assessor de imprensa, mediante o uso de uma linguagem informativa e fluente que estimule o debate, a reflexão e a consciência social.

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