Reforma administrativa e prorrogação de auxílio emergencial animam mercado

Depois de fechar em queda na véspera, hoje o Ibovespa recupera parte das perdas, embalado pela reforma administrativa e pela prorrogação do auxílio emergencial. Às 12,15, o índice doméstico subia 2,34%, aos 101.696 pontos. O giro financeiro era de R$ 7,836 bilhões.

O anuncio do presidente Jair Bolsonaro de que irá prorrogar o auxílio emergencial no valor de R$ 300,00 até o final do ano, juntamente com a informação de que até quinta-feira a proposta administrativa será enviada ao Congresso, animou os investidores, que aproveitam o momento para reduzirem as perdas da véspera e iniciar o mês embolsando algum lucro.

O investidor, no entanto, segue atento ao depoimento do ministro da Economia, Paulo Guedes aos senadores. A audiência é para explicar sobre sua afirmação de que seria “crime” a derrubada do veto do presidente no reajuste dos salários dos servidores.

Logo cedo, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que o Produto Interno Bruto (PIB) apresentou forte queda de 9,7% no segundo trimestre do ano. Na comparação com o mesmo período de 2019, a queda foi ainda maior, de 11,4%. O indicador reflete as medidas adotadas para o distanciamento social para evitar a ampliação da doença.

Ontem, a equipe econômica entregou o projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) ao Congresso, e o documento mostrou que o governo espera um rombo primário para o governo central de R$ 233,6 bilhões em 2021, ante déficit de R$ 149,61 bilhões determinado em abril, no projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO).

Entre os destaques da alta do Ibovespa estavam: Cia Hering (+8,2%), Gol (+4,92%) e Cogna (+4,74%). Já na ponta contraria figuravam: Marfrig (-1,91%), Minerva Foods (-1,3%) e JBS (-1,29%).

Em Nova York, o índice Dow Jones subia 0,23%, aos 28.494 pontos, e o Nasdaq ganhava 0,76%, aos 11.864 pontos.