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Economia

Reforma Tributária: Governo retira urgência sobre regulamentação

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O governo federal decidiu retirar a urgência na análise do Projeto de Lei Complementar (PLP) 68/2024, que trata da primeira etapa da regulamentação da reforma tributária. O projeto estava bloqueando a pauta de votações do Plenário do Senado desde setembro, impedindo o andamento de outras deliberações importantes. A decisão de retirar o caráter de urgência foi vista com bons olhos por alguns parlamentares, como os senadores Izalci Lucas (PL-DF) e Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), que consideraram a medida adequada para permitir um debate mais aprofundado sobre o tema.

Com a retirada da urgência, o Senado poderá retomar suas votações nesta semana, o que abre espaço para a análise de outros projetos em pauta. A reforma tributária, que visa modernizar e simplificar o sistema de impostos no Brasil, é uma das principais prioridades do governo, mas a regulamentação detalhada de suas mudanças tem gerado debates e pressões por ajustes no texto.

A retirada da urgência dá mais tempo para que o projeto seja discutido nas comissões e entre os senadores, permitindo que questões críticas sobre a reforma sejam melhor analisadas antes de uma decisão final.

Reforma Tributária

A reforma tributária do Brasil é um conjunto de mudanças estruturais no sistema de impostos do país, com o objetivo de simplificar, modernizar e tornar mais eficiente a arrecadação tributária. O sistema atual é considerado um dos mais complexos do mundo, com uma grande quantidade de tributos sobre o consumo, renda e propriedade, além de diferenças nas legislações estaduais e municipais, o que dificulta a vida de empresas e cidadãos. A reforma busca corrigir essas distorções e criar um sistema mais justo e transparente.

Principais Objetivos da Reforma Tributária:

  • Simplificação: Reduzir o número de tributos e simplificar o sistema, facilitando o cumprimento das obrigações fiscais e diminuindo o custo burocrático para empresas e cidadãos.
  • Unificação de Impostos sobre o Consumo: A principal proposta em discussão é a unificação de vários tributos sobre o consumo em um único imposto de valor agregado (IVA). No Brasil, essa unificação poderia envolver a criação de dois impostos:
  • CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços): Em nível federal, unindo PIS e Cofins.
  • IBS (Imposto sobre Bens e Serviços): Em nível estadual e municipal, substituindo o ICMS (estadual) e o ISS (municipal).
  • Neutralidade Fiscal: A reforma busca que o novo sistema de impostos não aumente a carga tributária global, mas torne a arrecadação mais previsível e equilibrada.
  • Equidade: Tornar o sistema tributário mais justo, reduzindo o peso sobre o consumo e aumentando a tributação sobre renda e patrimônio, para que aqueles que têm maior capacidade financeira contribuam mais.
  • Federalismo: Preservar a autonomia dos estados e municípios na arrecadação e gestão de seus tributos, mas criar regras mais uniformes para evitar a guerra fiscal, onde os entes federativos competem entre si com incentivos fiscais desordenados.

(Com Agência Senado).

Redatora. Formada em Técnico Contábil e Graduada em Gestão Financeira. Contato: simonillalves@gmail.com.

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