Rentabilidade de 4,90% registrada pelo FGTS em 2019 é superior à poupança, dólar e inflação

Superando a inflação de 2019, a rentabilidade de 4,90% do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) também foi superior aos retornos obtidos com o dólar e a caderneta de poupança. As comparações foram realizadas com base em dados da consultoria Economática. 

O Conselho Curador do FGTS aprovou, na última terça-feira, 11, a distribuição de R$ 7,5 bilhões entre os contribuintes. Esse valor é referente ao resultado apresentado no ano passado e vai ser repartido de forma proporcional aos saldos de cada conta. O depósito vai ser realizado no dia 31 de agosto. 

Em 2019, o resultado global do FGTS foi superavitário em R$ 11,324 bilhões. Considerando o mesmo período, a rentabilidade chegou a 4,90%, com repartição de R$ 7,5 bilhões e acréscimo de juros e atualizações monetárias. No entanto, essa rentabilidade ainda foi inferior se comparada à dos anos anteriores. Em 2018, o resultado foi de 6,18%, em 2017, de 5,59%, e em 2016, 7,14%. 

Conforme dados da Economática, em 2019, o percentual do FGTS superou a inflação de 4,31%. Além disso, a rentabilidade também foi superior à registrada pelo dólar ante ao real (4,02%) e pela caderneta de poupança (4,26%).

“Essa rentabilidade total é superior a aplicações com risco e tributação semelhantes [a caderneta de poupança, por exemplo], supera a rentabilidade da inflação medida pelo IPCA no ano passado, proporcionando um ganho real aos saldos, em cumprimento ao objetivo estratégico do Fundo de preservar o poder de compra dos recursos dos trabalhadores sob o FGTS”, pontuou o Conselho Curador.

Apesar disso, o ganho do FGTS no ano anterior foi menor que o registrado pelo CDI (5,96%), pelas ações ordinárias da Vale (7,28%), pelo ouro (28,10%), pelo Ibovespa (31,58%) e pelas ações preferenciais da Petrobras (37,48%). Esses são investimentos considerados de maior risco, logo, sujeitos a retornos maiores.