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Economia

Retirada de estímulos e mercado de trabalho fraco podem gerar riscos fiscais como a “água na fervura”, diz Azimut

Veronese acredita que 2021 não irá anular o estrago da pandemia, que é um problema a longo prazo.

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Helena Veronese, economista-chefe na Azimut Brasil Wealth Management, anunciou que vê riscos fiscais como a “água na fervura” com a retirada de estímulos fiscais que deve acontecer partir do começo de 2021 em meio a um mercado de trabalho ainda em estado fraco, o que faz crescer incertezas para o desempenho do PIB no começo do ano que vem.

“A economia vai precisar andar com as próprias pernas”, apontou. A economista-chefe projetou que o PIB deve crescer 3,5% em 2021, mas sob uma “base muito fraca” de 2020, quando recuará 5,5%.

“(O ano de) 2021 não vai anular o estrago da pandemia, é um estrago de longo prazo. […] E precisará ser feita muita continha matemática para caber no Orçamento esse equilíbrio entre ajudar a economia e manter o fiscal saudável”, apontou.

Ela disse ainda que a retomada da economia neste momento não inclui expectativa de volta daquele que é capaz de  movimentar toda a cadeia econômica e gerar empregos, o investimento produtivo.

Após o auxílio emergencial, Veronese disse que será preciso monitorar medidas do governo para manutenção de empregos. “A ociosidade está gigantesca”, concluiu.

Nesta terça-feira o presidente Jair Bolsonaro ao lado do ministro da Economia, Paulo Guedes, e de líderes parlamentares anunciou no Palácio da Alvorada que o valor do auxílio emergencial que será pago pelo governo federal a vulneráveis até o final do ano será de 300 reais mensais.

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