Revelação: Sapo de ‘O Senhor dos Anéis’ mora nas montanhas do Equador

Uma nova espécie de sapo é descoberta no Equador e ganha o nome em homenagem a J. R. R. Tolkien, autor dos livros “O Hobbit” e “O Senhor dos Anéis“. Entenda o motivo que levou cientistas a prestarem esta homenagem.

Descoberta nas montanhas do Equador

A espécie passou a ser chamada de Hyloscirtus tolkieni. Essa homenagem aconteceu por particularidades da espécie encontrada, que parece ter saído direto da Terra-média.

“A nova espécie de sapo tem cores incríveis e parece que vive em um universo de fantasias, como as criadas por Tolkien“, disse Diego F. Cisneros-Heredia, diretor do Museu de Zoologia de da Universidade San Francisco de Quito (USFQ) e pesquisador associado do Instituto Nacional de Biodiversidade do Equador, em comunicado.

Os cientistas descreveram o sapo em um estudo publicado em 19 de janeiro, na revista ZooKeys. Essa espécie possui os olhos cor-de-rosa clara e dedos salpicados de um dourado que parece ouro.

Além disso, o H. tolkieni tem aproximadamente 6,5 centímetros e é verde-acinzentado, com manchas pretas pontilham sua garganta amarelo-dourada, barriga, flancos e parte inferior de suas pernas.

Os cientistas descobriram o H. tolkieni no Parque Nacional Rio Negro-Sopladora, uma área amplamente não estudada de páramo intocado, uma floresta protegida desde 2018 que cobre mais de 75 mil hectares.

Como outras espécies de sapos de riachos, esse bicho vive nos límpidos rios das montanhas e dos altos Andes. Já os girinos amadurecem perto das rochas nas corredeiras, enquanto os sapos adultos preferem a proteção da vegetação exuberante nas margens do rio.

Segundo Juan Carlos Sánchez Nivicela, também pesquisador associado do Museu de Zoologia da USFQ e do Instituto Nacional de Biodiversidade:

“Durante semanas, exploramos diferentes áreas do Parque Nacional Río Negro-Sopladora, caminhando desde os campos de páramos a 3.100 metros de altitude até as florestas a 1 mil metros. Encontramos um único indivíduo dessa nova espécie de sapo, que achamos impressionante por sua coloração e tamanho grande.”

As expedições científicas nesta região do Equador tem levado à descoberta de um grande número de novas espécies desde 2020.