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Rico zera taxa de corretagem e XP reduz 75%, mas como elas lucram?

Corretoras entram na “guerra de preços” das tarifas para compra e venda de ações e demais investimentos.

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XP Investimentos e Rico - corretoras

A XP Investimentos divulgou que reduziu em 75% a taxa de corretagem, ao passo em que a Rico aderiu a taxa zero para compra e venda de ações e demais aplicações. As corretoras foram as únicas a ingressarem na “guerra de preços” das tarifas.

Após a Clear, também do grupo XP, ter aderido a estratégia de dispensar a cobrança de corretagem aos seus clientes, outras corretoras seguiram o mesmo caminho. Inclusive, o lançamento do home broker do Banco Inter, em 2018, já foi feito com zero taxa de custódia e corretagem. Recentemente, a corretora Toro também incorporou a isenção.

E agora, a Rico, que cobrava R$ 7,50 por corretagem padrão e R$ 1,90 no mercado fracionário veio para o time de taxa zero. Também, a conhecida XP encolheu a taxa de corretagem de R$ 18,90 para R$ 2,90 em operações de day trade e R$ 4,90 nas outras operações. 

Eis que fica a questão de como essas corretoras lucram? Ainda que a taxa de corretagem seja uma das maiores receitas das corretoras, a queda dos juros tem acarretado na perda de atratividade dos investimentos em renda fixa. A princípio, a isenção nesse tipo de aplicação foi o que trouxe novos clientes e, agora, o mesmo ocorre com os investimentos em renda variável. 

A entrada expressiva de novos investidores pode reparar, mesmo que parcialmente, essa perda de receita. Na divulgação dos últimos dados, em agosto, mais de 2,9 milhões de CPFs haviam sido cadastrados na Bolsa, registrando um avanço de mais de 1 milhão apenas neste ano. 

Outro fator é a contração do custo das corretoras pelo uso de tecnologia, o que favorece a redução das taxas. Também, elas possuem receita com taxa de rebate, o que não é arrecadado diretamente do cliente e sim do emissor do investimento ofertado pela corretora, ou seja, ao aplicar no fundo de investimento, uma parcela da taxa de administração retorna para a corretora. Inclusive, algumas instituições, como o Banco Inter e a Toro, estão com programa de cashback dessa tarifa para devolvê-la ao investidor.

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