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Política

Rodrigo Maia articula para manter veto ao reajuste salarial dos servidores

Presidente da Câmara vai trabalhar para manter a decisão de Jair Bolsonaro de vetar o reajuste dos servidores públicos.

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Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara, anunciou que unirá esforços com deputados para manter o veto do presidente Jair Bolsonaro ao reajuste dos servidores públicos. Ontem (19), o Senado votou pela derrubada da matéria.

Para Maia, a manutenção do veto é melhor para país: “Entendemos que esse veto é muito importante a sua manutenção para que a gente possa dar uma sinalização clara”, afirmou em entrevista coletiva após reunião de líderes do governo. Maia também destacou que as declarações de Paulo Guedes para “atacar” o Senado pela votação não ajudavam.

De acordo com ele, servidores públicos precisam dar sua contribuição nesse momento de pandemia. Apesar da crise econômica, eles não sofreram reduções salariais e preservaram seus empregos.

Para Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo na Câmara, se o veto fosse derrubado mudanças na programação de estender do pagamento do auxílio emergencial até o fim do ano poderiam ocorrer.

“Vamos buscar cada voto para que possamos vencer. No Senado, foram dois votos apenas que provocaram essa necessidade de votação na Câmara. Nós queremos que na Câmara tenhamos uma votação tranquila”, afirmou Barros.

Segundo o Ministério da Economia, uma eventual derrubada do veto pode acarretar em prejuízo de até R$ 120 bilhões. A suspensão da concessão de aumentos salariais a servidores foi uma medida adotada no enfrentamento da crise do coronavírus.

O presidente da Câmara é um dos principais defensores do ajuste das contas públicas. Há informações de que Maia foi chamado desde cedo para manter o veto do presidente, auxiliando na articulação de lideranças do centrão e de outros partidos.

Os aliados do governo estão se esforçando para manter o veto ainda hoje (20) e para que não haja adiamento na votação. O senador Eduardo Gomes (MDB-TO), líder do governo no Congresso, afirmou que o recurso financeiro pode fazer falta caso ele seja derrubado.

Entrevistadas após Maia, algumas lideranças preferiram não criticar a decisão dos senadores de derrubar o veto, reforçando que o Senado possuiu sua autonomia.

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