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Rumo (RAIL3): Novo Marco Legal das Ferrovias deve atrair investimentos, diz BTG
Empresas podem operar sob regime de autorizações
O BTG Pactual analisou o ativo Rumo (RAIL3) em seu portfólio como forma de atualizar as informações acerca da companhia.
“As principais atualizações desde nosso início de cobertura, em 9 de março deste ano, foram a criação do Novo Marco Legal das Ferrovias, que deve modernizar e fomentar mais investimentos no setor.
Também o início das operações da Malha Central e a aprovação para a expansão da Malha Norte.
“O Novo Marco tem como objetivo simplificar e descentralizar as decisões e participações do governo, e contém definições técnicas para harmonizar a legislação do setor. Até recentemente, as companhias podiam atuar no setor apenas via leilões (concessões)”, disse.
E acrescentou: “qualquer tipo de expansão ou adequação das malhas pré-aprovadas dependia de aditamentos no contrato de concessão, algo que burocratizava o processo de crescimento do setor.”
Rumo (RAIL3)
Além do regime de concessões, o Novo Marco também permite que as empresas operem sob o regime de autorizações. Com isso, as companhias têm maior flexibilidade para assumir o risco de novos projetos (caso façam sentido para o seu portfólio), dependendo apenas de uma autorização do governo para tanto.
A medida tende a beneficiar os players mais relevantes do setor (ex. Rumo, VLI e MRS), que poderão atender demandas de empresas próximas de suas malhas ferroviárias.
“A Rumo deu início às operações da Ferrovia Norte-Sul (Malha Central) em março de 2021 e espera que as obras estejam totalmente concluídas até 2027/2028. O terminal de Rio Verde (inaugurado em julho) será de grande relevância para a Rumo, uma vez que a região é uma das principais rotas de escoamento de produtos agrícolas (ex. grãos, milho, farelo de soja, etanol e biocombustível)”, destacou.
Ferroviário da Malha Norte
Conforme o banco de investimentos, a Rumo também obteve aprovação para expandir em 730 km o trecho ferroviário da Malha Norte, que irá conectar o terminal de Rondonópolis (MT) até Cuiabá (MT) e Lucas do Rio Verde (MT).
Os investimentos necessários para concluir a obra foram inicialmente estimados em R$ 6 bilhões.
No entanto, as projeções atuais da Rumo totalizam algo próximo de R$ 9-11 bilhões, sendo que a maior parte desse montante será desembolsada nos próximos 3 anos.
O contrato da concessão é válido por 45 anos. O primeiro terminal deve ficar operacional até 2025/2026 e o trecho finalizado até 2030.
Apesar dos investimentos mais expressivos nas concessões existentes e das possíveis parcerias relacionadas ao Novo Marco, o aumento na alavancagem da Rumo é gerenciável por causa do perfil da dívida já alongado e previsibilidade de geração de caixa.
No último trimestre, a alavancagem liquida da companhia (dívida líquida / EBITDA) foi de 2,4x e o caixa era suficiente para cobrir obrigações financeiras até 2025.
As debêntures da companhia estipulam um teto de endividamento líquido de 3,0x. As métricas tendem a diminuir gradualmente com o ramp up operacional dos novos projetos.
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