Economia
Salário mínimo mais baixo, contribuição do MEI mais baixa; Veja quais são os novos valores
Com o valor do salário mínimo fixado em R$ 1.302, a parcela de contribuição do MEI será menor do que o esperado. Confira a nova taxa.
Nos primeiros dias do ano, a expectativa era de que o reajuste anual do salário mínimo acabasse em R$ 1.320, porém, após análise da folha previdenciária, foi vista uma impossibilidade de manter os pagamentos neste valor, e o salário mínimo voltou para a ideia inicial de R$ 1.302.
A boa notícia diante disso é que a parcela de contribuição dos Microempreendedores Individuais (MEI) também ficará menor, já que será calculada com base no valor do salário mínimo aplicado.
Antes da mudança, o valor ficaria em R$ 66, mas, com a queda do salário mínimo, o valor caiu para R$ 65,10. Porém como os pagamentos de janeiro já estavam programados, o novo valor deve acontecer a partir do mês de fevereiro. O valor pago em janeiro ainda se refere ao valor antigo, R$ 60,60.
Quem notará maior diferença nessa mudança de salário mínimo são os inscritos no MEI Caminhoneiro, que teriam contribuição de R$ 158,40, mas que, com a diminuição do salário, passa a ser de R$ 156,24.
Após assumir a presidência, o presidente Lula propôs o aumento do salário mínimo acima do índice de inflação, totalizando R$ 1.320. A proposta foi aprovada pelo Congresso Nacional, mas, após conferência do custo da folha do INSS, notou-se a inviabilidade do aumento.
Isso porque, de acordo com o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o salário maior ocasionaria um aumento de R$ 7 bilhões nos cofres públicos, já que cada R$ 1 de aumento gera um custo de R$ 389,8 milhões anuais ao governo.
Após essa constatação, o salário mínimo voltou ao valor proposto por Jair Bolsonaro em dezembro do ano passado, quando ainda estava à frente da presidência do país.
Como o ano terminou com um índice de inflação menor do que o esperado, Lula deve conseguir cumprir sua promessa de campanha, de aumentar o valor do salário mínimo acima da inflação, garantindo um aumento real para os trabalhadores, e não uma manutenção do poder de compra.
Ainda há uma esperança para os trabalhadores de terem seus salários maiores a partir de maio, mais especificamente no dia 1º, Dia do Trabalhador. Isso porque membros do governo discutem sobre o aumento para R$ 1.320 a partir desta data.
Mas há um impasse entre os ministros com o voto contrário da ala econômica e o apoio da ala política. As centrais sindicais apostam ainda mais alto, propondo um aumento de R$ 1.343.
O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, nutre a esperança dos trabalhadores, não descartando o reajuste ainda este ano. “Hoje é R$ 1.302 e, em maio, pode ser que haja alteração a partir do trabalho que vamos construir”.
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