Secretários de Fazenda querer extensão de programas de auxílio do governo

Os secretários de Fazenda de São Paulo, Pernambuco e mais três estados pediram uma prorrogação para 2021 dos programas de auxílio para lidar com a crise econômica gerada pela pandemia oferecidos pelo governo federal.

Os Estados alertaram na quarta-feira para o risco de prolongamento da crise em 2019 e destacaram que o auxílio federal tem sido fundamental para segurar a atividade, de acordo com nota divulgada pelo Comsefaz, comitê que reúne os secretários de Fazenda do país.

“Um componente importante dessa recuperação é o auxílio emergencial, que fornece um apoio para o consumo dos segmentos de menor renda, e isso dá um suporte para a melhoria do desempenho da economia”, disse Henrique Meirelles, secretário de São Paulo e ex-ministro da Fazenda.

Rafael Fonteles, presidente do Comsefaz e secretário de Fazenda do Piauí, também quer os auxílio às famílias e empresas sejam estendidas até os primeiros meses do ano que vem.

“Já se discute em outros países um segundo momento do pacote fiscal, devido ao risco de uma segunda onda da Covid-19. E aqui deveríamos fazer o mesmo, ou uma postergação (dos auxílios), mesmo que isso implique ainda o aumento do endividamento”, defendeu.

De acordo com o Comsefaz, pedidos semelhantes foram feitos pelos secretários Renê Garcia Júnior (Paraná), Décio Padilha (Pernambuco) e Rogério Gallo (Mato Grosso), que também defenderam um trabalho mais firme do governo para aprovar a reforma tributária.

Ainda não há uma definição sobre uma possível ampliação do programa Bolsa Família, que seria transformado no Renda Brasil ou Renda Cidadã, um programa de transferência de renda mais robusto. O governo vem indicando que pretende criar um programa nesse sentido após o término do auxílio emergencial em dezembro, mas ainda não há consenso sobre uma fonte de financiamento para ele.