Automobilística
Segredo das montadoras: como fazem carros parecerem mais caros do que realmente são?
Montadoras utilizam truques que imitam materiais nobres para valorizar carros mais básicos; entenda essa estratégia.
Na indústria automobilística, a aparência de um carro pode ser tão importante quanto sua ficha técnica.
Para atrair consumidores sem elevar demais os custos de produção, as montadoras adotam estratégias para dar um toque de sofisticação a modelos básicos. Isso permite que as versões de entrada tenham um visual mais refinado, sem impactar significativamente o preço final.
Esse tipo de solução não é novidade, mas tem se tornado mais comum nos últimos anos. O mercado busca equilibrar design, custo e percepção de valor, e alguns detalhes fazem a diferença na hora da compra.
Desde a escolha dos materiais até truques visuais, as fabricantes sabem como deixar um modelo com “cara de premium” sem precisar investir em componentes mais caros.
Rodas de aço que imitam liga leve

Um dos truques mais utilizados pelas montadoras está nas rodas de aço com calotas estilizadas. Elas são projetadas para imitar as rodas de liga leve, conferindo um visual mais sofisticado ao veículo. Essa estratégia é comum em modelos de entrada, onde o custo precisa ser reduzido sem comprometer a estética.
As calotas modernas são feitas com materiais plásticos de alta qualidade, que replicam o brilho e o design das ligas metálicas. Além disso, são bem ajustadas às rodas de aço, tornando difícil perceber a diferença à primeira vista. Essa técnica é amplamente usada por marcas como Chevrolet, Renault e Fiat, em carros com aro de 15 ou 16 polegadas.
Embora seja uma escolha econômica, há vantagens. As rodas de aço são mais resistentes a impactos e amassados, o que pode ser útil em estradas irregulares. Assim, a decisão de usá-las não se baseia apenas no custo, mas também na durabilidade e na aceitação do consumidor.
Acabamentos que simulam materiais nobres
Outro truque envolve o acabamento interno, onde materiais plásticos ganham texturas e cores que imitam superfícies sofisticadas. Painéis, consoles e maçanetas podem ter revestimentos que lembram couro, madeira ou alumínio, mas na verdade são compostos por plástico moldado. Essa técnica cria uma sensação de requinte sem elevar os custos de produção.
Além do acabamento, elementos como costuras falsas e apliques brilhantes são comuns para reforçar a estética premium. Dependendo do modelo, até botões e comandos ganham aparência metálica, mesmo sendo de plástico pintado. Isso acontece porque a percepção do toque e da visão influencia na impressão de qualidade do veículo.
Essas escolhas mostram que, para muitos consumidores, o visual e o acabamento contam tanto quanto os equipamentos embarcados. A experiência ao entrar no carro pode determinar se o cliente verá o modelo como básico ou sofisticado.
Faróis e lanternas: como os carros ganham um visual mais moderno
A iluminação dos veículos também é um ponto em que as montadoras investem para criar um visual mais moderno. Mesmo em modelos mais acessíveis, faróis com assinatura em LED são incorporados para simular a tecnologia dos carros de categorias superiores. Isso confere uma aparência mais refinada sem demandar grandes investimentos.
Lanternas traseiras seguem a mesma lógica. Algumas marcas utilizam elementos visuais que imitam modelos mais caros, como barras de LED ou máscaras escuras. Embora a iluminação completa em LED seja um diferencial de carros premium, versões mais baratas muitas vezes têm apenas detalhes estilizados que dão essa impressão.
Além da estética, esse tipo de personalização melhora a percepção de inovação do carro. O consumidor associa o design da iluminação a um produto mais tecnológico, mesmo que a estrutura interna ainda utilize lâmpadas halógenas convencionais.
Cortes de custo que passam despercebidos
Todas essas estratégias fazem parte de um esforço para reduzir custos sem comprometer o apelo do carro. Mas há outras medidas que as montadoras adotam e que nem sempre são notadas. Componentes como isolamento acústico, espessura da pintura e qualidade dos plásticos internos podem ser ajustados para manter o preço competitivo.
Um exemplo disso é a redução da manta acústica em alguns modelos, que pode tornar o carro um pouco mais ruidoso, mas não impacta diretamente na estética. Da mesma forma, detalhes cromados foram substituídos por acabamentos pretos brilhantes, que oferecem um visual moderno e são mais baratos de produzir.
Essas soluções mostram que, no mercado automotivo, nem sempre o que parece caro realmente é. As montadoras sabem como equilibrar percepção e custo, entregando modelos visualmente atrativos sem extrapolar os limites da produção.
Para o consumidor, resta a dúvida: o que vale mais na hora da compra, o design ou os equipamentos que realmente fazem diferença?

-
Saúde2 dias atrás
Carnaval é SUSPENSO após alta nos casos de Covid-19
-
Tecnologia14 horas atrás
Nova tecnologia promete substituir o ar-condicionado e o ventilador
-
Mercado de Trabalho1 dia atrás
Demissão voluntária vira ‘febre’ no Brasil e trabalhadores apontam motivos
-
Tecnologia2 dias atrás
Painel solar de titânio revoluciona setor energético com potência mil vezes superior
-
Tecnologia19 horas atrás
Ameaça oculta: seu carro pode estar colocando sua privacidade em risco
-
Agronegócio2 dias atrás
Matou mais uma planta? Este guia de como regar seu jardim pode te ajudar
-
Economia2 dias atrás
Banco do Brasil adota postura cautelosa em meio a incertezas econômicas
-
Bancos2 dias atrás
PicPay é eleito o melhor banco digital do Brasil, superando Nubank e Inter