Economia
Cerca de R$ 4,8 bilhões do FGTS e abono estão parados nos bancos
Além dos valores não resgatados, cifra inclui ainda correções de ações judiciais julgadas; saiba mais sobre o caso.
A Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil confirmaram que há cerca de R$ 4,8 bilhões em recursos do abono salarial PIS/Pasep e Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) parados nos bancos. Além dos valores não resgatados, a cifra inclui ainda correções de ações judiciais.
Em relação ao PIS, repassado aos trabalhadores da iniciativa privada, cerca de 327 mil trabalhadores ainda não sacaram o benefício. O número representa um montante de R$ 214 milhões sem movimentação junto à Caixa, instituição responsável pelos repasses do programa.
Já o Pasep, sob comando do Banco do Brasil, cerca de 140 mil servidores da esfera pública ainda não resgataram os valores a que têm direito. O saldo paralisado equivale a um montante de R$ 95 milhões, segundo o banco.
Vale destacar que o calendário de pagamentos do abono PIS/Pasep teve início ainda em 2020 e que leva em consideração o mês de nascimento do funcionário ou número final de inscrição do servidor.
Origem do dinheiro esquecido
Os montantes dos benefícios deixados nos bancos, tanto do FGTS quanto abono salarial, tem origem nem só das cotas não resgatadas, mas também de contas, por exemplo, sem depósitos há mais de três anos, além daquelas que tiveram causas ganhas na Justiça. Neste caso, há indenização ou correções após a sentença, mas que também não foram retiradas pelos cotistas.
As quantias não retiradas ficam aguardando o resgate do dono, que muitas vezes chega a óbito sem receber o que lhe é de direito. No entanto, herdeiros e dependentes podem realizar os resgates. “Os herdeiros também têm direito a receber os valores”, declara Adriane Bramante, presidente do Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário (IBDP).
Há pelo menos R$ 4,83 bilhões retesados no Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, incluindo contas inativas do FGTS. A liberação dos recursos para os trabalhadores vivos fora das regras tradicionais, como o saque emergencial, por exemplo, depende de uma nova decisão do Poder Executivo.
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