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Economia

Segundo pesquisa, 61% dos brasileiros concordam que Bolsonaro deve interferir nos preços de combustíveis

Os entrevistados também foram questionados sobre os reflexos da alta dos combustíveis nos preços em geral e quais são os gastos que mais estão pesando no bolso do consumidor.

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O presidente Jair Bolsonaro fala à imprensa no Palácio da Alvorada

Só nos dois primeiros meses de 2021, a Petrobras subiu quatro vezes o aumento da gasolina. Os sucessivos aumentos, que correspondem a uma alta acumulada de quase 35%, provocaram uma crise no governo, resultando na demissão do atual presidente da estatal, Roberto Castello Branco. Para substituí-lo, o presidente Jair Bolsonaro indicou o general Joaquim Silva e Luna.

A interferência do presidente resultou em uma resposta negativa do mercado financeiro, com uma forte queda no preço das ações e no valor de mercado da Petrobras. Por outro lado, 61% dos brasileiros concordam que Bolsonaro deve interferir para reduzir o preço dos combustíveis, segundo pesquisa EXAME/IDEIA.

Ao todo, 1.200 pessoas foram ouvidas entre 22 e 24 de fevereiro. A pesquisa consistiu em questionar qual era a opinião dos entrevistados em relação à frase: “O presidente Jair Bolsonaro deve interferir sempre para que os preços dos combustíveis não subam nos postos de gasolina para a população, inclusive quando o custo do petróleo subir no mercado internacional”.

Enquanto 61% dos entrevistados estava de acordo com a afirmação, 12% discordaram com a interferência do governo na Petrobras, e 28% disseram que não concordam e nem discordam da possibilidade. A margem de erro da pesquisa é de três pontos percentuais para mais ou para menos.

Os entrevistados também foram questionados sobre os reflexos da alta dos combustíveis nos preços em geral. Segundo o levantamento, 95% da população afirmou que já é possível sentir os efeitos do aumento na economia. Esta percepção foi observada em todas as faixas salariais, sobretudo entre trabalhadores que recebem de um a três salários mínimos.

Quando perguntados sobre os gastos que mais estão pesando no bolso do consumidor e afetando diretamente suas despesas pessoais, a maioria assinalou a opção “Preços dos alimentos e bebidas” (77%). Em seguida, foram apontados os preços de combustíveis (40%), de medicamentos e remédios (19%) e o valor do aluguel (16%). Também foram mencionados gastos com serviços de telefonia e internet, plano de saúde, vestuário, educação e cuidados pessoais.

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