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Economia

Sem diálogo com Bolsonaro, greve dos caminhoneiros começa na segunda

Duas das principais demandas da categoria são a redução do preço do diesel e a volta da aposentadoria especial.

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A greve dos caminhoneiros marcada para o dia 1º de novembro continua de pé, de acordo com o presidente da Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores (Abrava), Wallace Landim. Conhecido como “Chorão”, ele afirma que o governo federal ainda não entrou em contato para evitar a paralisação.

Leia mais: Estados estudam congelamento nacional do ICMS dos combustíveis

Na quarta-feira, 26, o Chorão disse “não haver chance de recuo” sem uma indicação do presidente Jair Bolsonaro de que irá alterar a política de preços de combustíveis adotada pela Petrobras.

Uma das principais demandas da categoria é a redução nos preços do diesel, que já acumula alta de 65,3% no ano. O grupo também pede o retorno da aposentadoria especial e o cumprimento do piso mínimo do frete.

“Não temos mais condições de trabalhar, infelizmente. Antes das últimas duas altas de combustíveis, sobrava em média 13% para a categoria. Agora, depois desses aumentos, a gente está pagando para trabalhar. Não sobra nada”, desabafou Marconi França, líder dos caminhoneiros no Recife (PE).

Um encontro para discutir a paralisação havia sido marcado para esta quinta-feira, 28, mas foi desmarcado no início da semana. O motivo seria a presença do ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, que defende o aumento no preço dos fretes para compensar a alta dos combustíveis.

Bolsonaro chegou a anunciar a criação de um auxílio-diesel no valor de R$ 400 para cerca de 750 mil caminhoneiros, mas o grupo rejeitou a proposta.

“Isso mostra um andamento totalmente contrário àquele pelo qual estamos lutando. Estamos brigando por estabilidade no combustível, no gás de cozinha, para colocar em vigor leis já aprovadas, e é isso que a Petrobras faz”, disse Chorão.

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