Soja do Centro-Oeste apresenta desenvolvimento acima da média

A produção brasileira de soja 2021/22 deve alcançar o recorde de 145,64 milhões de toneladas, segundo a consultoria Pátria AgroNegócios. O número representa um aumento de 0,6% em relação à última projeção e de 6,5% na comparação com a safra passada. A área de cultivo da oleaginosa, que era estimada em 41,01 milhões hectares, também teve aumento de 7,1% no comparativo anual e de 0,4% contra o levantamento anterior.

O desenvolvimento das lavouras também é destaque. No Centro-Oeste, o vigor de vegetação (NDVI) se apresenta acima da média, de acordo com a empresa de análises por sensoriamento remoto, Geosys Brasil. E a previsão é que permaneça assim, devido às chuvas, que, por meio da umidade, tornam o cenário favorável para o crescimento das plantas na primeira quinzena de dezembro. “No Mato Grosso, o plantio da soja terminou nos últimos dias de novembro e o desenvolvimento das lavouras segue com NDV acima da média”, informou a empresa em nota.

Para Goiás, onde o NDVI também supera a média, a companhia informou que o volume de chuva esperado para dezembro deverá ser acima de 118 milímetros, suficiente para manter a umidade do solo e refletir no desenvolvimento das plantas.

Já no Sul do País, a realidade é outra. Os baixos volumes de chuvas interferiram na qualidade dos cultivos da oleaginosa. O mês de novembro no Paraná foi considerado o mais seco dos últimos 20 anos, com chuva acumulada de 66,5 milímetros, contra média de 157,8 para o mês. No Rio Grande do Sul, o vigor de vegetação foi o segundo pior dos últimos dez anos.

“O NDVI está abaixo da média, mas apresenta dinâmica melhor em comparação ao mesmo período de 2020, ano de forte quebra nas lavouras de soja devido à seca. Não há previsão de bons volumes de chuva para as áreas de soja no Sul na primeira quinzena de dezembro”, informou em nota.