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Superbaratas: Pesquisa revela táticas de sobrevivência anti-inseticida

Em tese, para fugir dos inseticidas as baratas passaram a evitar a glicose, mas isso é necessário para a reprodução delas; entenda o caso.

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As baratas são insetos que estão por aí há milhões de anos, tendo em vista a capacidade surpreendente que elas possuem de sobreviver, até mesmo, nas mais extremas situações por diversos motivos.

O corpo desses animais é achatado, permitindo que se escondam em fendas e frestas, além de possuírem um exoesqueleto resistente que as defende de predadores e pancadas, bem como um sistema nervoso muito simples, capaz de funcionar mesmo com partes do corpo faltando.

E uma das principais características para a sobrevivência das baratas é a capacidade de se adaptar rapidamente às mudanças ambientais, além de desenvolver resistência aos venenos como inseticidas e pesticidas.

Como as baratas resistem ao inseticida?

Buscando responder essa pergunta, Ayako Wada-Katsumada, do Departamento de Entomologia da Universidade Estadual da Carolina do Norte, coordenou uma pesquisa. No estudo, foi demonstrado que as baratas se adaptaram ao uso de iscas que utilizam glicose e veneno para insetos.

Essa técnica que, até então, era infalível, vinha sendo utilizado desde cerca de 1980, mas agora algumas baratas conseguem resistir ao impulso de comer a isca doce, sendo que algumas desenvolveram uma espécie de aversão à glicose.

No entanto, a glicose também é essencial para a reprodução de algumas espécies de barata, como o caso da barata-alemã. Para acasalar, o macho utiliza uma pasta à base de glicose, que atrai a fêmea. Enquanto ela ingere a pasta, o macho faz o serviço, que dura aproximadamente quatro segundos.

Acontece que, como mencionado anteriormente, algumas baratas passaram a ignorar a glicose, o que faria com que surgisse um problema na fase de reprodução. Mas é aí que entra a capacidade de adaptação impressionante desses animais.

Capacidade de adaptação

Agora, os machos não utilizam mais uma pasta à base de glicose, mas, sim, uma maltotriose, que é um composto tão doce quanto, que não é utilizado em iscas e venenos, por isso, não causa mais a aversão das fêmeas.

Além disso, o período de fixação também foi acelerado, caindo do que antes eram quatro segundos para uma média de três segundos, garantindo assim a reprodução da espécie.

A pesquisa que demonstrou todos esses detalhes foi publicada recentemente, no fim do mês de março, e pode ser lida na íntegra na página do Proceedings of the Royal Society B.

Amante de filmes e séries e tudo o que envolve o cinema. Uma curiosa ativa nas redes, sempre ligada nas informações acerca da web.

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