Tecnologia que lê mentes está sendo desenvolvida. Entenda os usos dessa ferramenta

Com o passar do tempo, por forte influência da Guerra Fria e da Corrida Espacial, a tecnologia passou a ser desenvolvida em uma grande escala no século XX. Desde então, a esfera tecnológica começou a avançar de forma exponencial, hoje, atingindo novos patamares que estão começando a quebrar alguns paradigmas que foram estabelecidos na sociedade do século XXI.

Durante muito tempo, por exemplo, a ideia de um metaverso era um tanto “absurda” para algumas pessoas. Porém, hoje, podemos notar que ele já é um realidade que se encontra em expansão todos os dias com novas implementações. Ou seja, a humanidade está cada vez mais próxima de alcançar patamares tecnológicos extremamente elevados.

Nesse sentido, uma equipe de pesquisadores da Universidade Radboud, na Holanda, recentemente, realizou um estudo no qual dois voluntários tiveram a área do seus cérebros que é responsável pela visão escaneada por uma ressonância magnética.

Depois desse escaneamento, os dados que foram coletados do cérebro desses sujeitos foram passados por um algoritmo complexo de uma Inteligência Artificial (IA) para que essa IA recriasse as imagens que foram vistas pelos voluntários da pesquisa. Na realidade, os resultados foram promissores e impressionantes.

Para realizar o estudo, os pesquisadores colocaram os dois voluntários dentro de um equipamento scanner de ressonância magnética funcional de leitura cerebral, conhecido como FMRI. Esse equipamento, por sua vez, possui a finalidade de captar a atividade cerebral através de alterações no fluxo sanguíneo dos sujeitos.

Quando estavam dentro do equipamento, os voluntários visualizaram imagens de rostos. Então, o papel da IA era recriar essas imagens que foram vistas pelos participantes.

Em vista disso, a neurocientista coordenadora da pesquisa, Thirza Dado, relatou que os resultados que foram obtidos abrem uma grande margem para usos dessa tecnologia nos setores da medicina e em outras áreas, no futuro. Ela enfatiza que o algoritmo poderia tanto recriar as imagens que as pessoas já viram quanto as que elas estão imaginando no momento.

Essa tecnologia, por exemplo, poderia ser utilizada em pacientes que estão em coma profundo, na construção de retratos falados de criminosos muito mais fiéis e até mesmo na capacidade de recuperação da visão de pessoas que ficam cegas depois de serem afetadas por uma doença ou acidente.

Por fim, essa tecnologia ainda precisa ser aprimorada. No entanto, já podemos perceber que surtirá um impacto extremamente positivo na sociedade, assim como as demais tecnologias que já existem para facilitar muitos processos do nosso cotidiano.