Trabalho presencial aumenta produtividade? Especialista faz análise

A discussão sobre a eficácia do trabalho presencial versus remoto continua a ganhar atenção em meio às mudanças nas dinâmicas empresariais.

Sylvia Hartmann, especialista em modelos de trabalho flexíveis, traz uma nova perspectiva sobre o assunto. Na visão dela, é equivocada a crença de que o retorno ao escritório vai resultar em mais produtividade.

Sylvia, que também lidera a startup Remota, acredita na consolidação do modelo híbrido. Esse formato, que combina o presencial e o remoto, permite flexibilidade, algo essencial no cenário atual.

Trabalho totalmente fora da empresa se torna menos comum, anos após a pandemia – Imagem: Tima Miroshnichenko/Pexels

Tendências e desafios do trabalho híbrido

Tal regime de trabalho deve ser estabelecido principalmente a partir de 2025, sobretudo entre os profissionais de maior renda em empresas estruturadas.

Já, por outro lado, os trabalhadores com menor escolaridade e salários mais baixos poderão retornar ao escritório em formato integral ainda em 2025.

Essa mudança, porém, não necessariamente vai aumentar o engajamento ou promover a inovação, segundo a especialista. Ela destaca que o deslocamento extenuante pode não justificar os possíveis ganhos de produtividade.

Assim, com o avanço do modelo híbrido, fica cada vez mais evidente a importância das políticas formais de trabalho flexível.

Uma pesquisa da Sociedade Brasileira de Teletrabalho, em parceria com a Universidade de São Paulo (USP) e a FIA, mostra que 74% das empresas já adotaram tais práticas.

Flexibilidade como vantagem competitiva

A flexibilidade é vista como um atrativo para os talentos, pois favorece a retenção de funcionários qualificados. Empresas que investem em políticas híbridas conseguem se diferenciar no mercado e atrair profissionais em busca de equilíbrio entre a vida pessoal e profissional.

O debate sobre o futuro do trabalho segue relevante. Sylvia Hartmann enfatiza que não há um modelo único que sirva para todas as situações. A aposta no híbrido reflete a necessidade de adaptação às novas expectativas dos trabalhadores e às demandas empresariais.

Adotar formatos flexíveis pode ser o caminho para um ambiente de trabalho mais produtivo e satisfatório, o que se alinha às tendências globais de mudança no mercado de trabalho.