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Transformar o Citigroup será a difícil tarefa da próxima presidente, Jane Fraser

Metas de lucro estabelecidas anos atrás pelo atual presidente-executivo Mike Corbat têm sido difíceis de alcançar.

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Jane Fraser deverá enfrentar grandes desafios quando assumir a chefia do Citigroup em fevereiro. Isso porque há anos o terceiro maior banco dos Estados Unidos, tenta convencer Wall Street de que a visão da administração de um banco global com diversos negócios lucrativos funcionará, mesmo que não sejam não relacionados.

Estabelecidas anos atrás pelo atual presidente-executivo Mike Corbat, as metas de lucro mostraram-se difíceis de alcançar, mesmo após revisões e grandes cortes de custos. Mesmo com todas as mudanças ocorridas no Citigroup desde que exigiu um resgate de 45 bilhões de dólares para sobreviver à crise financeira de 2008, ainda vive com o estigma dos fracassos que o deixaram nessa posição.

Analistas, investidores e pessoas de dentro do banco acreditam que as batalhas judiciais com fundos de hedge após enviar-lhes por engano 900 milhões de dólares de seus próprios fundos demonstra que ainda há problemas de tecnologia.

Eles também acreditam que o bom humor visto na quinta-feira com a promoção de Fraser durará apenas enquanto ela apresentar resultados. Na ocasião, a notícia foi vista como um sinal de que as mulheres podem progredir em Wall Street.

“O trabalho dela é conseguir novos negócios, resolver o problema com o governo sobre tecnologia – e conseguir novos negócios”, disse Dick Bove, analista de bancos do Odeon Capital Group, acrescentando que se alguém pode resolver os problemas, é ela.

Os desafios de Fraser apontados pelos analistas estão em três frentes: crescimento de receita, solução de problemas operacionais custosos e uma verdadeira reparação da marca Citi, que está manchada há mais de uma década.

Fraser limpou a carteira de hipotecas problemáticas do Citigroup após a crise financeira, bem como seus negócios na América Latina após a eclosão de escândalos no México, e tem liderado a divisão de varejo global desde outubro. Ela tem vasta experiência no Citigroup, além de ser ex-banqueira Goldman Sachs e ex-consultora da McKinsey.

Muitos analistas também viram a mudança como algo abrupto, mesmo com Fraser sendo vista como favorita para suceder Corbat há algum tempo, já que esperavam uma transição de longo prazo que poderia levar um ou dois anos.

Fraser pode ser a presidente que transformará o Citigroup, disse um grande investidor, que descreveu-a como uma profissional que mostrou que pode cortar custos e investir em negócios de forma adequada e parece se importar com o bem-estar do banco.

O investidor disse ainda que ela irá assumir sendo posta à prova, e que “há muito a provar.”

Contudo, será difícil deixar o banco no mesmo ritmo de seus rivais.

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