Tributação de dividendos pode não ser negativa para todas as empresas

A reforma proposta pelo governo federal que prevê a tributação de dividendos vem agitando o mercado nos últimos dias. Entretanto, algumas empresas podem se beneficiar da mudança, como apontou o Itaú BBA no último relatório enviado aos seus clientes.

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Na contramão de grande parte das companhias, a Alupar (ALUP11) deve registrar crescimento suficiente para compensar as perdas com os dividendos.

“Para Alupar, nós estimamos que o impacto positivo da redução do imposto de renda (12,5%) mais do que compensará o impacto negativo do imposto sobre dividendos e do fim do benefício fiscal dos juros sobre o capital próprio”, avalia.

O BBA também acredita que a companhia vai se beneficiar com a perspectiva dos preços altos de energia, considerando que tem 32% em volumes não contratados para este ano e para o próximo.

2º trimestre

A empresa apurou lucro de R$ 323 milhões no segundo trimestre, crescimento de 320% em relação a igual período de 2020 quando considerados os indicadores societários (IFRS). Sem os indicadores, o lucro teve alta de 58%, para R$ 79 milhões.

“Destacamos o empreendimento TCC, que entrou em fase comercial em mar/2021, agregando mais de R$ 45 milhões ao faturamento da companhia”, afirmou o Inter Research.

“Embora o quadro se mantenha desafiador, os números reportados têm surpreendido positivamente, levando a um bom desempenho do segundo trimestre”, acrescentou.

Ação da Alupar

Os papeis da empresa têm mostrado estabilidade ao longo deste ano, o que segundo o BB está ligado à previsibilidade do negócio

“No entanto, acreditamos que o crescimento que está sendo materializado, com aumento de receita e geração de caixa a partir da aceleração dos inícios operacionais dos novos projetos, somado ao recente reajuste anual de parte de sua receita pelo IGP-M acumulado nos últimos 12 meses devem impulsionar o desempenho das ações no mercado ao longo do segundo trimestre”.

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